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Em 2014, o Facebook comprou o WhatsApp por US$ 21,8 bilhões, que foram pagos com uma parte em dinheiro e outra parte em ações da companhia.
Logo em seguida, a taxa anual de US$ 1 que o app cobrava dos usuários foi removida. Agora, o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, acha que está na hora de começar a lucrar com o aplicativo de mensagens instantâneas mais popular do mundo, e não será com anúncios.
Na semana passada, durante a teleconferência do Facebook, em que a companhia divulgou o relatório de ganhos no último trimestre, Zuckerberg falou sobre seus planos de transformar o WhatsApp e o Messenger em plataformas privadas em que permitirão que os usuários se conectem a empresas. O objetivo é que os dois apps se tornem rentáveis, mas de uma forma diferente de como acontece com o Facebook.
WhatsApp Pay?
Uma ideia sugerida por Zuckerberg foi a criação de uma espécie de “WhatsApp Pay”: uma plataforma global de pagamentos, que poderia permitir transações diretas de usuários para usuários, de empresas para usuários e de empresas para empresas.
Para exemplificar a abordagem, o CEO do Facebook citou o serviço WhatsApp Payments, que tem sido testado com um milhão de pessoas na Índia, desde 2018. O serviço vai permitir que usuários enviem dinheiro de forma instantânea, como compartilhamos qualquer arquivo hoje em dia.
Na Índia, o Payments utiliza plataformas de pagamento nacionais, que permite que as transações comerciais entre os usuários sejam vinculadas às suas contas bancárias. O projeto continua funcionando em modo piloto, e deve abranger 400 milhões de indianos quando for lançado oficialmente.
De onde viria o lucro?
Serviços de pagamentos com dispositivos móveis geram renda a partir de uma pequena taxa nas transações. O Apple Pay, por exemplo, cobra 0,15% do valor de cada transação realizada. Em uma compra no valor de US$ 200, a Apple fica com 30 centavos de dólar. Parece pouco, mas o fato é que o Apple Pay tem uma média de mais de 11 milhões de transações por dia.