Windows 10X une características do SO da Microsoft com Android e iOS

Quando a Microsoft anunciou o novo Windows 10X, deu a entender que seria uma versão de seu sistema operacional desenvolvida especialmente para dispositivos com duas telas.


Documentos vazados que, aparentemente, foram criados para apresentar a interface a desenvolvedores mostra que não é bem isso.

O Windows 10X poderia ser instalado em qualquer dispositivo com tela sensível ao toque e rodar normalmente. Seria, portanto, uma espécie de redesenho do sistema operacional da Microsoft com recursos mais modernos e otimizado para o uso com os dedos, em vez do mouse, além de uma interface pensada nos dispositivos móveis. Uma mistura do Windows desktop com características do Android e iOS.

Segundo os documentos, o novo sistema suporta não apenas os aplicativos universais do Windows, principalmente os da loja, como aplicativos legados (aqueles que são instalados junto com o Windows porque outros apps podem precisar deles).

Já mostramos aqui algumas das principais novidades dessa nova versão do Windows 10. Abaixo, seguem algumas novas informações obtidas por meio desses novos documentos vazados.

No Windows 10X, você não vai mais precisar de uma ação para acessar a tela de bloqueio – para inserir o seu PIN, por exemplo. Ao acionar o display do dispositivo, você vai direto para a tela de senha.

Lançador

Já falamos um pouco sobre isso antes, mas é a maior mudança. O Menu Iniciar, um dos mais clássicos recursos do Windows, dá lugar a um novo lançador, mais parecido com o que temos em dispositivos Android. A tela é dividida em três partes: busca, uma lista de apps e websites, e uma lista de recomendações.

De acordo com a Microsoft, o usuário pode arrastar e soltar apps e atalhos para sites de sua preferência na lista central. Um botão permite acessar a lista completa de aplicativos instalados no dispositivo. Também será possível criar pastas. Para desinstalar um app, basta tirá-lo da lista completa. Essa parte é muito parecida com a gaveta de apps do Android.

Os atalhos para sites funcionam mais ou menos como os Web Apps do Android: é como se você “instalasse” um site em seu dispositivo. Em vez de ter o aplicativo do Facebook, por exemplo, você pode ter um atalho para a rede social na lista, que vai te levar direto para o site.

Já as recomendações vão mostrar uma lista de arquivos e aplicativos mais usados ou recentes no dispositivo. Serão dez sugestões que a Microsoft promete serem as mais úteis para o usuário.

A única diferença da barra de tarefas para o que a gente já está acostumado no Windows 10 – e em versões anteriores – é que há um atalho para aplicativos recentes, que podem ou não estar em execução naquele momento. Sim, uma lista nos moldes do que Android e iOS já apresentam.

De resto, ela permanece a mesma coisa: uma lista de ícones mostrando aplicativos abertos ou fixados naquela barra. Múltiplas janelas de um mesmo aplicativo serão agrupadas em um único atalho. O que muda é que alguns dispositivos vão exibir a lista centralizada, em vez de alinhada à esquerda.

Outra diferença para os dispositivos móveis concorrentes é que relógio e notificações ficam nessa barra de tarefas na parte inferior da tela, exatamente como é no Windows 10 atualmente.

Configurações rápidas

Um recurso que ainda não tivemos acesso é um novo menu de configurações rápidas. A Microsoft apenas descreve como algo que foca em eficiência, e no que é importante, considerando relevância e rapidez para o usuário saber como está o dispositivo (como bateria, por exemplo).

Haverá atalhos padrão que seguem o painel já existente no Windows 10 e inclui algumas opções úteis em dispositivos móveis: Wi-Fi, dados móveis, Bluetooth, modo avião e por aí vai.

Conclusão

O Windows 10X aproxima o sistema da Microsoft dos concorrentes Android e iOS para dispositivos móveis. E, de acordo com os documentos, pode ser utilizado em dispositivos com tela única

Em vez de insistir em algo totalmente novo como o Windows Phone, a gigante de Redmond finalmente entendeu o que o usuário precisa e reformulou a interface desktop para ficar mais amigável em telas menores e cuja interação é baseada no toque.

João Pedro:
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