Twitter, Amazon, Google, Microsoft: as previsões para as big techs em 2023

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A nova decolagem do Twitter, a desaceleração da Amazon, os novos produtos de IA do Google e a nova jogada da Microsoft: saiba o que o novo ano reserva para as grandes companhias de tecnologia.


A era da abundância sem limites da tecnologia acabou em 2022. Em 2023, será necessário realizar ajustes dolorosos para tornar as empresas financeiramente sustentáveis, diz o Business Insider.

A aquisição do Twitter por Elon Musk é um sintoma de um mal maior que atinge todo o setor. A compra no valor de US$ 44 milhões foi completada de maneira apressada, levando em conta valores de mercado de 2021. Assim que o negócio foi concluído, a economia começou a apresentar sinais de desaceleração, e Musk passou a cortar vagas e eliminar projetos e funcionalidades caras, para tentar manter viva a rede social.

Mesmo companhias maiores , que ainda dão muito lucro, tiveram que se adaptar. Amazon e Meta demitiram milhares. O Google está fazendo avaliações de desempenho rigorosas e exigindo que os funcionários sejam mais produtivos. A Microsoft também realizou demissões. Por enquanto, a Apple é a única companhia que parece relativamente imune. Vamos ver se isso irá continuar em 2023.

Twitter

O renascimento do Twitter, sob o comando de Elon Musk, já está acontecendo. O que se vê é menos pornografia, menos bots, mais contas verificadas e seguras para entregar informação, novas funções e uma grande expectativa de Musk para continuar chamando a atenção do mundo em 2023.

As pessoas ainda estão na plataforma, e vão continuar por mais um tempo. Algumas passaram uma década construindo uma presença ou marca na plataforma, e resistem a qualquer mudança.

Será que vai aparecer alguma rede social parecida para tomar o lugar do Twitter? Algumas opções já deram as caras. Mastodom teve um crescimento considerável de usuários, chegando a 5 milhões de contas cadastradas depois da venda do Twitter. Há ainda o Hive, com 1,5 milhões de usuários e True, um serviço sem anúncios, focado em privacidade. Post é a rede mais recente a emergir, e suas funcionalidades são mais próximas ao Twitter. No momento, tem 300 mil usuários, e 600 mil em uma lista de espera. Porém, nenhuma delas chega a causar preocupação para a plataforma do passarinho azul.

O fato é que nenhum deles é um substituto perfeito e nenhum atingiu o número de seguidores necessário para competir com o Twitter, que conta hoje com 245 milhões de usuários. 2023 pode ser o ano perfeito para uma nova decolagem da plataforma para resurgir e realmente conquistar novos usuários.

Microsoft

O primeiro desafio da companhia em 2023 será conseguir a aprovação dos órgãos regulatórios para a aquisição da empresa de games Activision Blizzard, por US$ 69 milhões. A decisão estabelecerá um precedente importante para fusões e aquisições no setor.

A Federal Trade Comission, entidade regulatória dos EUA, ameaçou bloquear o negócio, dizendo que ele prejudicaria a concorrência, já que jogos populares como Call of Duty ficariam restritos ao Xbox. O presidente da Microsoft, Brad Smith, já disse que está disposto a fazer um acordo, tornando Call of Duty disponível para outros consoles pelos próximos dez anos.

Amazon

A empresa deve desacelerar ainda mais em 2023, diz a Insider. Isso porque seus três pilares – e-commerce, serviços na nuvem e streaming – estão experimentando quedas de demanda, à medida que a economia americana caminha rumo à recessão.

Alguns lojistas que se uniram à Amazon no início da pandemia estão voltando às lojas físicas, o que atrapalha a área de vendas. Clientes da AWS estão cortando as despesas com serviços na nuvem. E o Prime está perto do nível máximo de saturação nos EUA, o maior mercado da Amazon. Como resultado, a política de corte de custos e foco em resultados deve continuar em 2023.

Alphabet/Google

A companhia vive um dilema. Em 2023, as aplicações baseadas na chamada inteligência artificial generativa cresceram em número e popularidade. Plataformas como ChatGPT and DALL-E podem não ser uma ameaça imediata ao Google, mas provaram que a tecnologia já tem milhares de adeptos pelo mundo.

Sundar Pichai, CEO do Google, já disse que prefere esperar até que a empresa seja capaz de “colocar essas aplicações em produtos reais, de forma mais marcante e com segurança”. Mas até que ponto isso pode prejudicar a aceitação dos produtos da Alphabet, quando eles finalmente chegarem ao mercado?

O enorme mercado potencial deve levar à criação e ao aprimoramento de aplicações ainda mais sofisticadas em 2023. Os investidores tendem a fazer aportes cada vez mais robustos em startups do segmento. E haverá mais conversas sérias sobre controles de segurança e IA responsável, enquanto diversos setores, do jornalismo à educação, terão que se haver com a novidade. Resta saber quando e de que maneira o Google fará sua entrada triunfal (ou não) nesse novo universo.

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