Supertênis com placas de carbono: a nova era das maratonas

Foto de unsplash - Fachry Zella Devandra

O objetivo final dos fabricantes é ajudar corredores a atingirem tempos cada vez menores, como o tão almejado recorde de uma maratona masculina abaixo de duas horas.


Os supertênis estão revolucionando o mundo das maratonas e corridas de longa distância. Equipados com tecnologias avançadas, como placas de carbono e espumas ultraleves, esses calçados têm sido fundamentais para melhorar o desempenho de atletas profissionais e amadores. 

A revolução dos supertênis nas maratonas

Há mais de duas décadas, o brasileiro Ronaldo da Costa quebrou o recorde da maratona masculina com o tempo de 2h06min05s. Ele acredita que, se tivesse acesso aos supertênis atuais, poderia ter reduzido seu tempo em cerca de três minutos. Desde então, a tecnologia evoluiu significativamente, com fabricantes como Nike e On desenvolvendo modelos cada vez mais sofisticados.

A tecnologia por trás dos supertênis

A Nike foi pioneira ao introduzir a placa de carbono nos calçados, iniciando uma nova era com o lançamento do Vaporfly 4% na maratona das Olimpíadas do Rio em 2016. Posteriormente, Eliud Kipchoge, patrocinado pela Nike, correu uma maratona abaixo de duas horas usando o Alphafly 3. Embora essa corrida promocional não tenha sido reconhecida como recorde oficial, o feito destacou a importância dos supertênis na busca por novas marcas.

Espumas modernas e conforto extra

Além das placas de carbono, os supertênis contam com espumas inovadoras, como a Pebax, que proporcionam maior amortecimento sem comprometer a leveza do calçado. A estabilidade, a dissipação de calor e o conforto são outras características que têm sido aprimoradas. A empresa suíça On, por exemplo, desenvolveu um modelo impresso em 3D que se ajusta perfeitamente aos pés do atleta, eliminando distrações e aumentando a confiança na corrida.

Controvérsias e regras no uso dos supertênis

No entanto, o uso dessas tecnologias gerou controvérsias, sendo acusado de “doping mecânico”. Em resposta, a World Athletics estabeleceu novas regras para garantir que todos os atletas tenham acesso aos mesmos equipamentos, limitando a espessura das solas e exigindo que os tênis sejam comercialmente disponíveis.

Acessibilidade e futuro dos supertênis

Com o passar do tempo, a tendência é que essas tecnologias se tornem mais acessíveis ao público em geral. Modelos como os supertrainers, voltados para o uso diário, já estão sendo lançados, permitindo que atletas amadores também desfrutem dos avanços tecnológicos. Mesmo assim, Ronaldo da Costa destaca que, apesar dos tênis contribuírem significativamente para o desempenho, o treinamento continua sendo o fator mais determinante para o sucesso.

Perguntas frequentes

Os supertênis realmente fazem diferença no desempenho dos atletas?

Sim, os supertênis, com suas tecnologias avançadas, como placas de carbono e espumas ultraleves, ajudam a melhorar a impulsão, estabilidade e conforto, contribuindo para melhor desempenho nas corridas.

Quais são as marcas líderes no desenvolvimento de supertênis?
A Nike e a On são algumas das marcas líderes, com modelos como o Vaporfly, Alphafly e os tênis impressos em 3D, que ajustam-se perfeitamente aos pés dos atletas.

Os supertênis são acessíveis para corredores amadores?

Embora inicialmente desenvolvidos para atletas de elite, versões mais acessíveis de supertênis estão sendo lançadas, como os supertrainers, que utilizam tecnologias semelhantes para o uso diário.

O uso de supertênis pode ser considerado doping mecânico?

O uso de supertênis gerou controvérsias, sendo acusado de proporcionar vantagem indevida. No entanto, a World Athletics definiu regras para assegurar que todos os atletas tenham acesso às mesmas condições.

Andréa Alves:
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