Starlink no Brasil: operação, desafios e futuro

0
Satélite Starlink da empresa SpaceX • Foto: SpaceX

A Starlink, empresa da SpaceX liderada por Elon Musk, oferece internet via satélite com foco em áreas remotas, especialmente no Brasil.


No entanto, a operação da empresa está sendo impactada por um impasse com o Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao bloqueio da rede social X. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) considera medidas que podem inviabilizar o funcionamento da Starlink, caso as ordens da Corte não sejam cumpridas.

Hoje, a Starlink já conecta mais de 200 mil usuários no Brasil, com uma infraestrutura de satélites e gateways terrestres que permite uma cobertura em áreas de difícil acesso. O serviço é crucial para tropas do Exército, escolas e hospitais em regiões como a Amazônia, onde a fibra óptica não chega.

Como funciona a internet via satélite Starlink?

A Starlink utiliza uma constelação de satélites em órbita baixa, entre 340 e 1.200 quilômetros da Terra. Ao operar mais perto do que os satélites geoestacionários, que orbitam a 36 mil quilômetros, a Starlink oferece baixa latência, uma grande vantagem em relação a outros tipos de conexão via satélite.

Os usuários necessitam de um terminal que inclui uma antena parabólica e um dispositivo como smartphone ou computador para configurar a conexão. A antena se ajusta automaticamente para se conectar ao satélite disponível mais próximo, permitindo o envio e recebimento de dados. Para que a conexão seja efetiva, a Starlink usa estações terrestres, conhecidas como gateways, que retransmitem os dados para a internet pública.

No Brasil, a Starlink instalou 20 dessas estações, o que possibilita uma ampla cobertura em regiões remotas. Embora o serviço ofereça benefícios significativos, problemas como interferências climáticas e possíveis limitações na rede devido à alta demanda podem prejudicar a conexão.

A operação da Starlink está em risco no Brasil?

Com a resistência da Starlink em cumprir as ordens judiciais relacionadas à rede social X, a Anatel já estuda medidas que poderiam limitar ou até bloquear o serviço da empresa no país. Entre as ações cogitadas está o lacre das estações terrestres, o que interromperia o acesso à internet fornecida pelos satélites. Caso a situação se agrave, a outorga da empresa pode ser revogada.

No entanto, o impacto de um bloqueio total seria significativo, já que a Starlink tem um papel importante na conectividade de áreas remotas. A empresa também enfrenta críticas da comunidade científica devido à poluição espacial gerada pela sua constelação de satélites, o que pode interferir em observações astronômicas.

Perguntas frequentes

Como a Starlink funciona?

A Starlink opera através de uma constelação de satélites em órbita baixa, fornecendo internet de baixa latência. Para acessar, os usuários precisam de uma antena parabólica que se conecta ao satélite mais próximo.

Onde a Starlink é mais usada no Brasil?

A Starlink é amplamente utilizada em áreas remotas, como a Amazônia, onde redes de fibra óptica não estão disponíveis.

Quais são os principais desafios da Starlink?

Os principais desafios incluem interferências meteorológicas, a alta densidade de usuários, e as críticas sobre poluição espacial.

A operação da Starlink está em risco no Brasil?

Sim, a Anatel estuda medidas que podem inviabilizar o serviço devido ao não cumprimento de ordens judiciais relacionadas à rede social X.

Notícia anteriorMercado de banda larga: Claro lidera em fibra óptica enquanto Oi encolhe no mercado
Próxima notíciaDesafios da IA na saúde pública no Brasil