O mercado global de smartphones continua em recuperação e o primeiro trimestre deste ano ficou marcado pela queda da Huawei do pódio global.
Em números coletados pela Strategy Analytics, as remessas cresceram cerca de 24% em relação ao mesmo período do ano passado.
Além disso, foram vendidas cerca de 340 milhões de unidades, sendo que todas as fabricantes do top cinco foram beneficiadas pelo crescimento. A começar pela líder Samsung, a gigante sul-coreana encerrou o primeiro trimestre com 23% de participação e um crescimento anual de 32%.
Já a Apple se consolidou na vice-liderança, com 17% de participação e crescimento que chega a 44% em relação a 2020. Veja todos os detalhes na tabela compartilhada pela Strategy Analytics.
Ao que tudo indica, a Xiaomi pode ser a chinesa herdeira do legado da Huawei no mercado global. Isso porque a fabricante ficou com a terceira colocação e tem 15% de participação de mercado, sendo que seu crescimento chega a impressionantes 80% em relação a 2020.
A Xiaomi tem conseguido se tornar referência na Índia e a sua liderança no mercado local ajuda a empresa no cenário global. Além disso, a rápida expansão da marca pela América Latina, África e Europa pode fazer a Xiaomi ultrapassar a Apple e assumir o segundo lugar nos próximos trimestres.
O pódio é fechado pelas marcas OPPO e vivo empatadas com 11% cada. Como ambas pertencem ao grupo BBK, o crescimento de 68% e 85% pode ser considerado um grande impulso para o conglomerado chinês.
Linda Sui, Diretora Sênior da Strategy Analytics, disse que a China continua sendo a responsável pelo crescimento do mercado de smartphones:
O mercado de smartphones da China teve um trimestre sensacional impulsionado pelo sucesso do produto 5G em vários níveis de preços. As remessas de smartphones na China aumentaram 35% no comparativo anual, atingindo 94 milhões de unidades no primeiro trimestre de 2021. A escassez de chips e as restrições do lado da oferta não tiveram um impacto significativo no primeiro trimestre entre as 5 principais marcas, mas serão uma preocupação para os fornecedores menores nos próximos trimestres.