Relógio atômico de alta precisão da NASA inicia sua missão no espaço

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Deep Space Atomic Clock (DSAC) começou oficialmente sua missão no espaço na última sexta-feira (23). Trata-se de um relógio atômico do tamanho de uma torradeira, que a NASA lançou em junho contando com o foguete Falcon Heavy, da SpaceX.


Apesar do tamanho reduzido, o relógio é mais preciso do que qualquer outro da Terra. Teoricamente, ele levará até 10 milhões de anos para apresentar um descompasso de um segundo, precisão que será muito útil para a NASA em suas futuras missões no espaço. É que, atualmente, as naves dependem de controles terrestres para viajar, e os sinais demoram até 20 minutos para serem transmitidos. Mas se o relógio for bem sucedido, essa espera pode ser eliminada.

Para que tudo corra bem durante as missões atuais, a NASA envia um sinal das antenas da Deep Space Network (DSN) para a espaçonave, que por sua vez envia o sinal de volta à Terra. Além do tempo que isso leva, é preciso contar ainda com as mudanças no sinal causadas pelo movimento da espaçonave, um fenômeno conhecido como efeito Doppler. Com um relógio atômico de alta precisão, os cientistas podem medir o deslocamento causado pelo efeito Doppler e a trajetória da espaçonave sem enviar um sinal da Terra.

Além disso, uma navegação baseada em comunicação unidirecional – e não bidirecional, que implica no envio de sinais da nave para a Terra e da Terra para a nave – ofereceria muitas outras vantagens. Por exemplo, a NASA poderia rastrear mais espaçonaves com menos antenas DSN, e as espaçonaves poderiam se tornar mais independentes.

Nesta primeira missão com o DSAC, a NASA quer apenas testar se o relógio atômico vai manter sua precisão no espaço. “O objetivo da experiência espacial é colocar o Deep Space Atomic Clock no contexto de uma espaçonave em operação – completo, com as coisas que afetam a estabilidade e a precisão de um relógio – e ver se ele funciona no nível que acreditamos que irá”, disse Todd Ely, investigador principal do projeto no Jet Propulsion Laboratory.

Inicialmente, a equipe do DSAC propôs colocar o relógio no módulo de pouso da sonda InSight, que pousou em Marte no dia 26 de novembro de 2018. No entanto, o relógio está agora em um satélite comercial na órbita da Terra. A missão durará um ano, e depois os cientistas vão analisar os resultados.

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