Pesquisadores anunciaram nesta semana uma grande conquista na busca pela implementação de métodos de geração de energia mais limpos.
Um time de cientistas da Universidade de Michigan, nos EUA, desenvolveu a célula fotovoltaica tranparente de maior eficiência já obtida, atingindo os 8,1%, com transparência de 43,3%.
A célula foi desenvolvida com material orgânico, à base de Carbono, e permite a passagem da maior parte do espectro de luz, absorvendo apenas o infravermelho, invisível para o olho humano mas percebido na forma de calor. Conforme explicam os pesquisadores, esse é o espectro que contém muito da energia da estrela.
Uma segunda versão da célula, que utiliza um eletrodo de prata, é capaz de aumentar ainda mais os valores atingidos, com 10,8% de eficiência e 45,8% de transparência, mas a intensidade da tonalidade verde que apresenta acaba não sendo apropriado para uso em janelas. Em comparação, a célula transparente ideal utiliza um eletrodo composto de óxido de índio e estanho.
Ainda assim, ambas as versões deverão ser aplicadas futuramente, devido à sua construção com menos materiais tóxicos que outras células transparentes, podendo ser adaptadas para diferentes posições e em inúmeras aplicações, como em janelas duplas, por exemplo. A equipe já estuda meios de aumentar o aproveitamento e a vida útil das novidades, além do custo de sua implementação em prédios novos e já existentes.
Outras pesquisas relacionadas à captação de energia solar envolvem uso do material fluorescente de maior luminosidade já produzido, bem como um novo método para “estocar” por meio da conversão em energia cinética. A primeira poderia aumentar a eficiência de células voltaicas comuns, com a segunda utilizando a própria força da gravidade para converter a energia captada em uma torre.