Na última sexta-feira (16), a universidade de Stanford anunciou novo experimento: adesivos corporais que leem informações a respeito da saúde da pessoa.
Basicamente, os adesivos captam os sinais fisiológicos que emanam da pele, e então transmitem essas leituras de saúde para um receptor preso à roupa. O sistema foi batizado de BodyNet. Os pesquisadores usam tinta metálica e colocam um sensor em um adesivo elástico projetado para aderir à pele e monitorar indicadores de pulso e outros indicadores de saúde.
O professor de engenharia química responsável pelo estudo, Zhenan Bao, acredita que essa tecnologia vestível vai ser usada primeiramente em ambientes médicos, como monitoramento de pacientes com distúrbios do sono ou problemas cardíacos. No entanto, o laboratório já está tentando desenvolver novos adesivos para detectar o suor e outras secreções para rastrear variáveis como temperatura corporal e estresse. “Achamos que um dia será possível criar uma matriz de sensores de pele para coletar dados fisiológicos sem interferir no comportamento normal de uma pessoa”, Bao afirma.
O estudo foi feito por uma equipe de 14 pessoas, que passou três anos projetando os sensores. A ideia era uma tecnologia que fosse confortável de usar e não tivesse baterias ou circuitos rígidos. Assim, o adesivo de borracha preso ao pulso pode se ajustar à medida que a pele da pessoa se move.
Os pesquisadores de Stanford tiveram que desenvolver um novo tipo de sistema capaz de transmitir sinais fortes e precisos ao receptor, apesar das constantes flutuações. O receptor alimentado por bateria usa o Bluetooth para carregar periodicamente os dados dos adesivos para um smartphone, computador ou outro sistema de armazenamento permanente.
A versão inicial dos adesivos contava com minúsculos sensores de movimento para obter leituras de respiração e pulso. Os pesquisadores agora estão estudando como integrar suor, temperatura e outros sensores em seus sistemas de antenas.