Site publica artigo com vários casos de pessoas — especialmente crianças — que estariam viciadas no Fortnite e especialista compara o jogo à heroína.
Se você joga videogame desde criança, é muito provável que em algum momento da vida ouviu alguém dizer que estava viciado.
Boa parte das vezes isso pode ter sido dito da boca para fora, apenas para lhe provocar, mas este é um problema que afeta muitas pessoas e ultimamente um jogo que tem sido alvo de críticas por supostamente estar viciando crianças é o Fortnite Battle Royale.
Após chegar a impressionante marca de 200 milhões de jogadores registrados e já poder ser considerado um dos jogos mais populares da história, o título da Epic Games tem se mostrado um grande sucesso também entre o público mais novo, mas de acordo com um artigo publicado pelo Bloomberg, isso não é motivo para comemorarmos.
De acordo com a publicação, uma britânica especializada em comportamento, Lorrine Marer, afirma que o Fortnite funciona como a heroína, já que uma vez que a pessoa for fisgada, torna-se muito difícil se soltar. O texto também citam o caso de Debbie Vitany, mãe de um garoto de 17 anos que costuma jogar 12 horas por dia e que por isso tem caído no sono durante as aulas.
“Fizemos algum progresso em cortar suas horas no Fortnite e ter um sono melhor, mas ele voltou para os seus velhos hábitos,” declarou a Sra. Vitany. “Eu nunca vi um jogo ter tamanho controle sobre as mentes das crianças.”
Nos Estados Unidos diversas escolas têm reclamado da versão mobile do jogo, enquanto que na Austrália a recomendação é para que os pais proíbam seus filhos de jogar. Porém, se engana quem pensa que o problema estaria afetando apenas crianças. Até atletas profissionais como os jogadores de hockey do Vancouver Canucks caíram nos encantos do título e depois de ver diversos deles perderem reuniões e jantares por causa do Fortnite, o time decidiu proibir o jogo durante viagens. Há ainda o caso de David Price, jogador de baseball que perdeu uma partida por problemas no punho decorrentes de tanto se dedicar a criação da Epic.
Existem ainda histórias de relacionamentos que estariam sendo prejudicados pelo game, o que levou à criação de um abaixo assinado online pedindo que o jogo fosse banido, mas acredite, a coisa ainda piora. Especula-se que só no Reino Unido mais de 200 pessoas entraram com pedidos de divórcio usando o Fortnite Battle Royale como motivação, o que serve para dar uma ideia de como ele estaria afetando a vida de muita gente.
No entanto, fico me perguntando se não temos aqui o efeito Tostines. Estaria o Fortniteconquistando muitas pessoas por realmente ter um poder viciante acima do normal, ou a aparição de tantas pessoas viciadas se deve ao fato dele ter conquistando um número tão alto de jogadores?
De qualquer forma, acho um pouco injusto colocar a culpa apenas no game, já que se não fosse ele, é possível que essas pessoas estivessem se dedicando a qualquer outro título ou mesmo a outras atividades. No caso específico das crianças, como disse o mais famoso jogador de Fortnite do planeta, talvez os pais estejam apenas sendo incapazes de controlar o tempo que seus filhos passam no game e por mais difícil que possa ser fazer isso, não consigo deixar de lhe dar razão.