Novo CEO da Qualcomm afirma que pode fazer um chip melhor que o da Apple

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O brasileiro Cristiano Amon, novo CEO da Qualcomm, afirmou que a empresa pode ter um processador capaz de superar o chip M1 da Apple.


 

Durante a entrevista à Reuters, Amon comentou o fato da Apple está desenvolvendo seu próprio modem para substituir o componente da Qualcomm, com quem ela possui uma parceria como fornecedora.

A Qualcomm tem décadas de experiência no projeto de chips de modem. O mercado é tão grande quanto a oportunidade da Apple para nós”, disse Cristiano Amon.

Essa fala sugere que a empresa pode ser capaz superar a perda do fim da parceria com a Apple ocupando o vazio deixado pela Huawei no mercado americano como resultado das restrições aplicadas à fabricante nos EUA.

A Qualcomm busca projetar seus próprios processadores e se desvencilhar da Arm. As novas ambições da Qualcomm certamente possuem como base a compra da empresa NUVIA, que adquirida por ela no começo deste ano por US$1,4 bilhão.

Segundo Amon, o plano é começar a vender seus primeiros processadores proprietários em 2022, mas a Qualcomm ainda está aberta ao licenciamento da Arm, especialmente se ela conseguir produzir um chip melhor para laptops.

“Precisávamos ter o melhor desempenho para um dispositivo movido a bateria. Se a Arm, com a qual temos um relacionamento há anos, eventualmente desenvolver uma CPU que é melhor do que aquela que podemos construir por nós mesmos, então sempre teremos a opção de licenciar da Arm”, afrimou o CEO.

Ainda de acordo com ele, a Qualcomm não possui planos para entrar nos mercados de desktops ou servidores, mas está contemplando a possibilidade de licenciar os projetos da NUVIA para empresas de computação em nuvem, o que a torna uma concorrente direta da Arm.

Novo CEO da Qualcomm afirma que Huawei tem mesmo potencial da Apple

Que o novo CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, é brasileiro, você já sabe. O anúncio foi feito em janeiro, mas Amon só assumiu oficialmente a liderança da empresa agora, na primeira semana de julho. Com isso, ele começou a dar as primeiras entrevistas para a imprensa, comentando, sobretudo, as expectativas de crescimento e sua visão do mercado chinês.

E, apesar de mecionar as lacunas que a Huawei deixou no mercado de Android, ele destacou que, tratando-se de topo de linha, a Huawei tem o mesmo potencial de atingir um grande público assim como a Apple.

Ao falar sobre os negócios com a China, o CEO elogiou os clientes do mercado local pelo respeito aos direitos de propriedade intelectual.

No último ano, US$ 12,8 bilhões da receita da Qualcomm com chips – de um total de US$ 16,5 bilhões – foram acumulados por causa dos telefones celulares. Este é um caminho que não será abandonado tão cedo pela empresa.

Sobre o reconhecimento da Qualcomm ser menor em relação a concorrentes como a Intel e a NVIDIA, o CEO afirmou que a empresa está formulando uma nova estratégia de marca para os chips Snapdragon. “A indústria dos smartphones está ficando mais madura e o público começa a se importar com o que está sob o vidro”, afirmou.

A Qualcomm tem crescido nos últimos meses devido ao reaquecimento do mercado de smartphones e seu foco no desenvolvimento de chips com suporte à tecnologia 5G – atualmente, a empresa domina 70% desse mercado.

Mas conte para nós, o que tem achado dessa disputa de gigantes? A rivalidade entre empresas chinesas e americanas ainda vai dar muito o que falar.

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