Nove usos de tecnologia que podem se tornar comuns nos próximos 10 anos

Levando em conta o que tem sido desenvolvido, mas ainda não está 100% disponível para o consumidor final, veja alguns exemplos que podem se tornar comuns na próxima década.


Ter um carro autônomo, viajar em táxis voadores e até aproveitar tecnologias “sexuais” para manter relações a distância são ideias distantes da realidade em 2020. Mas, da mesma forma que muita coisa mudou de 10 anos para cá, exemplos como esses podem se tornar comuns com o tempo. Levando em conta tecnologias que estão em desenvolvimento hoje, confira nove produtos e serviços que podem se tornar comuns pelos próximos 10 anos.

1. Sexo à distância

Robôs e acessórios sexuais já são uma realidade, mas espera-se que esse produtos voltados para esse tipo de uso evoluam com as novidades tecnológicas. Uma das possibilidades em estudo atualmente é o uso de sensores táteis em dispositivos do tipo, permitindo a casais separados por grandes distâncias a terem relações mais “reais”. Isso facilitaria sensações físicas mais completas, reproduzidas em acessórios ou até mesmo robôs do outro lado.

Além da perspectiva de robôs como uma ponte entre namorados à distância, espera-se também as próximas gerações desse tipo de produto apresentem um comportamento mais natural e independente, tirando proveito de avanços no campo da Inteligência Artificial e Machine Learning.

2. Carros inteligentes (e autônomos)

Veículos completamente autônomos, capazes de circular sozinhos pelas ruas, podem ser bastante comuns nos próximos anos. Grandes montadoras e marcas com perfil mais inovador, como a Tesla, vêm amadurecendo essa tecnologia há alguns anos, e a perspectiva de um carro que não precisa de motorista pode acabar virando algo comum pelos próximos 10 anos. Além disso, veículos elétricos, com Inteligência Artificial e integração com assistentes de voz, por exemplo, também podem ficar mais populares no período.

Uma frota de carros autônomos e inteligentes pode representar melhorias no trânsito, diminuição no número de acidentes, menor poluição do ambiente e até mesmo tipos de uso diferentes. Um automóvel sem motorista, por exemplo, pode dar espaço para ambientes reimaginados, restaurantes móveis, entre outras possibilidades. Ainda existem desafios a serem superados, no entanto: confiabilidade dos sistemas de navegação por IA e a regulação do setor pelas autoridades são alguns exemplos.

3. Táxi voador

Outro exemplo de tecnologia que tem se desenvolvido nos últimos anos em termos de mobilidade urbana são os táxis voadores. Os eVTOLs, veículos elétricos de pouso e decolagem vertical, já existem e estão sendo testados e tendo seus serviços desenvolvidos por empresas como Uber, AirBus, Audi e até mesmo a brasileira Embraer. A ideia é diminuir o tempo de deslocamento dos usuários em grandes cidades, diminuir o número de carros no trânsito e também entregar uma proposta mais sustentável de mobilidade.

Limitações em torno da ideia giram em torno de questões de segurança. A ideia de dezenas de veículos voadores cruzando os céus das metrópoles passa necessariamente por medidas de segurança e fiscalização sérias. Além disso, há a preocupação com a poluição sonora, já que veículos do tipo precisam deslocar um grande volume de ar – assim como helicópteros –, algo que pode confinar espaços de pouso e decolagem em áreas específicas.

4. Lojas inteligentes

No futuro, as compras em lojas e supermercados inteligentes pode ser livre de filas e completamente independente de ações hoje triviais, como se dirigir ao caixa para pagar. A Amazon, por exemplo, já oferece esse serviço por meio da Amazon Go, rede com lojas espalhadas pelas principais cidades dos Estados Unidos, como Chicago, Seattle, San Francisco e Nova York. As lojinhas “smart” permitem uma compra rápida e fácil: basta entrar, pegar seus produtos, e sair.

Ao entrar na loja, o consumidor precisa fazer login via app da Amazon e, a partir de então, um arsenal de câmeras e sensores monitoram tudo que o mesmo tirar das prateleiras, colocando esses itens de forma automática em um carrinho virtual. Na hora de pagar, basta autorizar o pagamento pelo app e sair do local. Ainda pouco comum, a proposta pode ser desenvolvida nos próximos anos e aparecer em mais localidades.

5. Baterias mais poderosas

Existem várias frentes de pesquisa na busca por baterias que sejam mais eficientes, densas, seguras e ambientalmente mais responsáveis. É difícil apontar que tipo de tecnologia vai vencer a corrida, mas o volume de investimentos em torno do setor é grande e, nos próximos anos, alguma dessas frentes pode levar a celulares com autonomia para dias de uso contínuo. Da mesma forma, o crescimento do mercado de carros elétricos pode ajudar a acelerar o desenvolvimento desses componentes.

O perfil dessa bateria futurista milagrosa é bastante exigente: elas precisam reter mais carga e por mais tempo, mas também ter uma recarga rápida. Além disso, precisam ser seguras e ter uma fabricação a partir de matérias-prima de fácil obtenção. Além disso, tanto a produção quanto descarte não podem representar sérias agressões à natureza.

6. Wi-Fi 6E

Muitos pontos da lista podem parecer distantes, mas esse não é o caso do Wi-Fi 6E. A versão mais amadurecida das redes wireless de sexta geração já é uma realidade, e devem ser liberadas em breve. A ideia é ter três faixas de banda: 2,4 GHz e 5 GHz, já disponíveis desde o padrão 5 (802.11ac), além do 6 GHz, outra frequência de alta velocidade. Isso deve diminuir o congestionamento em algumas redes e facilitar a troca de grandes volumes de dados, como para jogar ou ver filmes via streaming em 8K, por exemplo.

O padrão, tecnicamente, já existe e tem permissão para ser usado de forma comercial no mercado dos Estados Unidos, mas ainda não foram desenvolvidos roteadores e outros dispositivos com suporte a esse tipo de rede. No Brasil, por exemplo, a tecnologia ainda não foi liberada.

7. Música direto nos ouvidos

Fones de ouvido TWS, como os AirPods, nasceram com a promessa de livrar o usuário dos fios, garantindo maior liberdade na hora de ouvir músicas e realizar chamadas. O problema é que acessórios do tipo geralmente têm pouca autonomia, design que nem sempre agrada aos diferentes usuários e, com áudio comprimido, acabam representando perda na qualidade de som.

Um novo tipo de tecnologia de reprodução de áudio direcional pode contornar isso, como o Sowlo. O aparelho promete ser capaz de tocar música diretamente nos seus ouvidos, sem precisar de nenhum acessório ou fio. Dessa forma, apenas o usuário que estiver utilizando o aparelho consegue ouvir o que está sendo reproduzido. Esse é outro exemplo de uma proposta que já existe, mas ainda deve ser desenvolvida nos próximos anos.

8. Realidade aumentada em mais espaços

Experiências de realidade aumentada ainda são associadas com brincadeiras, jogos e entretenimento, mas o amadurecimento dessas tecnologias pode ter impactos radicais em setores como medicina e construção civil.

Em obras, por exemplo, o recurso pode ser usado para projetar em 3D o aspecto de instalações e facilitar a visualização de plantas, permitindo ao cliente visualizar sua obra concluída ainda no projeto, além de informar a mão-de-obra sobre particularidades importantes de cada etapa.

Já na medicina, a realidade aumentada pode ser usada como um acessório importante para cirurgiões de diversas especialidades. O Xvision, por exemplo, uma das invenções que se destacaram em 2020, permite visualizar informações relevantes durante as operações e até mesmo montar imagens em 3D do organismo do paciente para facilitar os processos.

9. Entregas com drones

A ideia de veículos autônomos é recorrente na lista e uma das aplicações do transporte elétrico de forma autônoma está nas entregas. A ideia é de que drones de carga possam sair sozinhos de um centro de distribuição de produtos e levar sua encomenda nas coordenadas precisas do seu endereço. A entrega por drone poderia ser mais ágil, segura e barata do que modos convencionais.

Esse tipo de serviço vem sendo experimentado em vários lugares do mundo, inclusive no Brasil, com delivery de comida do iFood, por exemplo. Grandes nomes como a Amazon também investigam a tecnologia como forma de acelerar e reduzir custos relacionados com seus processos de logística.

Fonte: TechTudo

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