A geração Y, além de ter ganhado maior destaque nas estratégias de marketing digital das marcas, passou a ocupar parte dos cargos das empresas.
Os millennials (geração Y), aqueles nascidos entre janeiro de 1983 e dezembro de 1994, estão inquietos e pessimistas sobre suas vidas e o mundo. Segundo o estudo “Global millennial survey 2019”, realizado pela empresa de auditoria e consultoria empresarial Deloitte, isso acontece por conta do impacto gerado, por exemplo, pelo crescimento econômico desigual, pelos governos disfuncionais e pelas mudanças radicais no contrato entre empregadores e empregados.
Esses nativos digitais, de acordo com a pesquisa, são menos ambiciosos do que gerações anteriores. Em vez de importarem-se com filhos e casas próprias, preferem viajar e causar resultados positivos na sociedade. De olho nesses novos hábitos, as marcas passaram a criar estratégias diferentes para esse público e, inclusive, a incluir a geração Y na sua grade de colaboradores.
A pesquisa foi realizada, em 2018, via entrevista com 13.416 millennials — espalhados por 42 países — e 3.009 pessoas da geração Z (aquelas nascidas entre janeiro de 1995 e dezembro 2002) — por dez países.
“Mais importante do que o período cronológico dessa geração são os contextos social, político e econômico, que moldaram muitos dos hábitos e comportamentos desse público. Nasceram em um período pós-Guerra Fria, em que a sociedade mundial experimentou os maiores avanços tecnológicos desde a existência da raça humana, somada a uma relativa estabilização ou crescimento econômico em muitos países importantes”, clarifica Adilson Batista, fundador e chief executive officer (CEO) da agência Today.
De acordo com Alex Pinhol, CEO da Webfoco, empresa de consultoria em marketing digital, os millennials prezam qualidade de vida. “O tempo sempre foi e sempre será o bem mais precioso que temos, mas, estamos em um momento em que precisamos de alta performance e de produtividade”, fala. O executivo acredita que essa geração é a grande responsável por fomentar, por exemplo, aplicativos de delivery. Para Adilson, os millennials também são responsáveis por outras tendências de mercado como vegetarianismo e veganismo, consumo consciente e aluguel de casas.