Microsoft firma contrato bilionário com o Exército dos EUA para headsets de realidade aumentada

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A Microsoft firmou um contrato de US$ 21 bilhões (R$ 118,3) concedido pelo Exército dos Estados Unidos para o fornecimento de headsets de realidade aumentada.


 

Os dispositivos devem auxiliar os soldados no mapeamento de campos de batalha, na seleção de alvos e para que eles possam ficar atentos a possíveis ameaças que estejam fora de seu campo de visão.

O novo acordo faz parte da instalação do IVAS, sigla em inglês para Sistema Integrado de Aumento Visual. Trata-se de um conjunto de investimentos do Exército americano que se destina a tornar os dados de inteligência militar mais úteis para os combatentes. Com a adoção do projeto, as decisões dos soldados mais rápidas e precisas em campos de batalha que sejam distantes das bases.

Esses dispositivos são conhecidos como “pontas táticas” e se baseiam, entre outras coisas, em computação em nuvem. A decisão foi informada em um comunicado divulgado pelo Exército, em que foi destacado que o IVAS deve ajudar a superar adversários atuais e futuros.

Microsoft não teve concorrência

A Microsoft já trabalha no desenvolvimento do IVAS há alguns anos em uma parceria chamada Outra Autoridade de Transação. Nesse tipo de contrato, é permitido que autoridades militares desenvolvam e testem novas tecnologias em colaboração com as empresas.

Com o contrato firmado nesta quarta-feira (31), o Exército pode escalar a produção dos protótipos do IVAS sem buscar ofertas de outras companhias no mercado. Esse mecanismo permite que as autoridades militares contornem regulamentos que são aplicados a grandes compras governamentais e que elas sejam menos vulneráveis a protestos e licitações.

Na prática, o valor do contrato pode ser menor que os US$ 21 bilhões contratados dependendo de quantos headsets forem eventualmente comprados. O acordo está sujeito a dois incrementos de cinco anos e pode ser interrompido caso o Exército não fique satisfeito com o produto.

A tecnologia empregada no IVAS é similar a existente no Hololens, um fone de ouvido de realidade mista da Microsoft que é oferecido a clientes civis, como a Japan Airlines, que o usa em simulações de voos, e a gigante suíça Tetra Pak, que utiliza o equipamento para reparos remotos em suas máquinas de embalagens.

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