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A Internet é hoje algo natural e que temos como um dado adquirido. Em qualquer altura e em qualquer lugar temos acesso à maior rede de conhecimento e informação do planeta.
Esta tem crescido ao longo dos anos e agora, um marco foi ultrapassado. Mais de metade da população do planeta já está ligada à Internet.
Avaliar a utilização da Internet tem sido nos últimos anos uma medida usada para quantificar o avanço da civilização. Se é claro que existem zonas favorecidas e que este acesso é um dado adquirido, noutros é ainda um bem de luxo.
Metade do planeta está ligado à Internet
Os dados mais recentes do Internet Trends, criado pela Bond Capital, mostram que já mais de metade da população do planeta está ligada à Internet. Este é um número muito importante e mostra que cada vez mais existe uma democratização no acesso a toda a a informação que fornece.
Segundo a edição de 2019 deste estudo, da população terrestre, 51% já tem acesso à Internet. Este número representa 3,8 mil milhões de pessoas. O número de 2019 revela um aumento de 2% face ao de 2017.
53% dos utilizadores da Internet estão na Ásia-Pacífico, 15% na Europa, 13% na África e no Médio Oriente, 10% na América Latina e nas Caraíbas e 9% na América do Norte. A China representa 21% dos utilizadores, a Índia 12% e os EUA 8%. Estes países são seguidos pela Indonésia, Brasil, Japão, Rússia e México.
Dispositivos móveis dominam neste acesso
Como seria esperado, uma das principais formas de acesso à Internet no mundo são os telefones móveis e a diminuição de suas vendas em escala global é notada no crescimento das ligações, que caíram cerca de 6% em 2018.
Embora após um forte período de utilização, a taxa de crescimento das redes sociais caiu. Isto foi motivado por questões de segurança e conteúdo problemático. Estes continuam a afetar o comportamento dos utilizadores e cada vez mais a sua posição face a estes espaços virtuais.
A segurança é cada vez mais um requisito
Outro dado impressionante é que, no primeiro trimestre deste ano, 87% do tráfego global da Internet circulou nesta cifrado. É um valor importante, especialmente se comparado com os 53% do primeiro trimestre de 2016. Isto revela a cada vez maior preocupação em proteger suas comunicações na rede e os dados.
O relatório também diz que os consumidores estão preocupados em evitar usar de forma extrema a Internet. Para isso começaram a tomar medidas para reduzir a sua utilização. O estudo da Bond Capital revela ainda muito mais, focado noutras áreas, desde a publicidade até ao tempo que se passa nos sites de música ou de vídeo.
Brasil
De 2016 para 2017, o percentual de utilização da Internet nos domicílios subiu de 69,3% para 74,9%, ou três em cada quatro domicílios brasileiros. Na área urbana, esse percentual de utilização cresceu de 75,0% para 80,1% e na área rural, de 33,6% para 41,0%.
Nos 17,7 milhões domicílios onde não houve utilização da Internet no período de referência da pesquisa, os motivos indicados pelos entrevistados foram: falta de interesse em acessar a Internet (34,9%), serviço de acesso à Internet era caro (28,7%), nenhum morador sabia usar a Internet (22,0%), serviço de acesso à Internet não estar disponível na área do domicílio (7,5%) e equipamento eletrônico para acessar a Internet ser caro (3,7%).
Celular é um meio de acesso à Internet para 97,0% dos usuários
O percentual de pessoas de 10 anos ou mais que acessou à Internet através do celular aumentou de 94,6% (2016) para 97,0% (2017) e a parcela que usou a televisão para esse fim subiu de 11,3% (2016) para 16,3% (2017).
Por outro lado, o percentual de pessoas que utilizaram microcomputador como via de acesso à Internet caiu de 63,7% para 56,6%, comportamento similar ao uso do tablet, cuja taxa de uso para esse fim caiu de 16,4% para 14,3%, no período.
95,5% dos usuários entram na Internet para trocar mensagens por aplicativos
“Enviar ou receber mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos diferentes de e-mail” foi indicado por 95,5% dos usuários como a finalidade de acesso à esta rede. Em 2016, esse percentual era de 94,2%. A finalidade “conversar por chamada de voz ou vídeo” foi a que apresentou o maior aumento de 2016 (73,3%) para 2017 (83,8%).
O percentual das pessoas que usaram a Internet para “assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes” passou de 76,4% para 81,8% nesse período.
Entre as finalidades analisadas pela pesquisa, o percentual dos que entraram na rede para “enviar e receber e-mail“ foi o único a recuar, de 2016 (69,3%) para 2017 (66,1%).
A parcela da população que utilizou a conexão discada já era insignificante em 2016 (0,9%) e tornou-se ainda menor em 2017 (0,6%). Já o percentual da banda larga fixa subiu de 81,0% (2016) para 82,9% (2017) e continuou acima da banda larga móvel, que cresceu de 76,9% para 78,3% nesse período.
O percentual que utilizou os dois tipos de banda larga subiu de forma mais acentuada, de 2016 (58,3%) para 2017 (61,4%).