Luzes, pistolas e fumaça contra a Covid-19

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A busca de soluções para combater o coronavírus une empresário paulista e médico de Fortaleza em startup que oferece equipamentos inovadores para shopping centers, escolas, hospitais, escritórios e até sistemas de transporte público.


Um estudo publicado pelo Irvin Medical Center da Universidade Columbia (EUA), no final de junho, comprovou que um tipo específico de luz ultravioleta – chamada far-UVC – pode eliminar 99,9% dos vírus transportados pelo ar. E o que é melhor: sem afetar a saúde humana. A conclusão dos pesquisadores é altamente promissora para as atuais ações de combate e controle da pandemia de Covid-19.

Até agora, a luz ultravioleta convencional só era usada para descontaminar ambientes que estivessem vazios, limitando sua aplicação. Com a nova descoberta, desinfectar locais públicos mesmo quando há pessoas transitando se torna uma realidade.

Notícias animadoras como essa têm ocupado, desde março, um lugar central nas pesquisas do cirurgião Danilo Dias, de Fortaleza. “Como médico, passei a acompanhar os avanços da ciência e da tecnologia em saúde que possam ser rapidamente convertidas em soluções para que a sociedade conviva melhor com a pandemia do novo coronavírus”, afirmou.

De suas pesquisas nasceu a ideia de criar uma nova empresa, a MedCheck, dedicada a trazer para o Brasil produtos inovadores que se destacam na desinfecção de ambientes para ajudar a combater e controlar a pandemia.

A luz ultravioleta é um desses recursos. Ela já faz parte do arsenal importado pela MedCheck. Uma das aplicações práticas dessa tecnologia foi desenvolvida pela LG em um aparelho acoplado ao corrimão de escadas rolantes.

“Ele age de forma contínua, a partir de um gerador baseado no movimento da própria escada”, disse Dias.

O interesse pela adoção do equipamento tem sido crescente, sobretudo depois que a MedCheck ganhou um sócio de peso: o engenheiro e empresário João Zangrandi, conhecido por sua atuação em grandes fabricantes de eletrodomésticos, entre elas Saeco e DeLonghi. “A minha entrada na MedCheck é recente. Eu me encantei com os equipamentos inovadores que o dr. Danilo já fornece para clientes como o shopping Iguatemi de Fortaleza e estou trazendo essas tecnologias para São Paulo”, afirmou Zangrandi.

Por ter uma excelente rede de contatos, ele tem passado as últimas semanas demonstrando as novidades a potenciais compradores. Hospitais, edifícios corporativos, redes de ensino, empresas de ônibus, metrô e aeroportos estão no radar da MedCkeck, que tem como objetivo declarado restabelecer as atividades sociais e econômicas da população como um todo por meio da utilização de equipamentos com resultados comprovados.

“Depois de conhecer essas soluções, as pessoas percebem o quanto estavam expostas a superfícies e ambientes possivelmente contaminados”, disse Dias.

DESVIO DE FUNÇÃO

Além da luz ultravioleta, o portfólio da empresa inclui outras soluções que podem ajudar não apenas na desinfecção como também na prevenção. Um dos equipamentos é um totem que mede a temperatura humana por aproximação e emite um sinal sonoro caso a pessoa esteja febril.

Para o médico Dias, “isso evita desviar um funcionário de sua função habitual, caso de um segurança, por exemplo, que é encarregado de fazer a medição de temperatura de quem entra em um supermercado”. O mesmo totem dispensa álcool em gel de forma automática.

“Depois de conhecer essas soluções, as pessoas percebem o quanto estavam expostas a superfícies e ambientes possivelmente contaminados” Danilo dias, Médico e fundador da Medcheck.

Mas nada se compara aos dispositivos de nanotecnologia ultrassônica. Eles transformam líquidos em uma névoa de nanopartículas.

Em cinco minutos, é possível eliminar os vírus de uma área de 200 m2. O equipamento, chamado fogger, custa R$ 2 mil e, segundo Dias, promove uma desinfecção completa, do piso ao teto, incluindo cortinas e até o sistema de ar condicionado.

Uma versão portátil, na forma de pistola, tem sido usada para descontaminar mesas de restaurantes e provadores em lojas de roupas. A névoa de nanopartículas é também o princípio do túnel de desinfecção. “A pessoa passa pela névoa em 3 segundos, não molha a roupa e sai esterilizada”, disse Dias.

Segundo Zangrandi, a solução já atraiu o interesse dos organizadores do Rock in Rio e da CBF. “Queremos tirar das pessoas o receio do contágio ao levar o filho na escola, provar uma roupa ou andar em locais onde há aglomeração”, afirmou Dias.

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