O governo brasileiro, sob a presidência de Luiz Inácio Lula da Silva, colocará o debate sobre a regulação das plataformas digitais no centro da agenda do G20 em 2024.

Pela primeira vez, o tema terá protagonismo no grupo que reúne as 20 maiores economias mundiais.

A ONU considerou a ameaça à integridade da informação um tema estratégico, com potencial para desestabilizar sociedades. O Brasil realizou consultas com países do G20 para identificar resistências e apoios à regulação. As primeiras conversas mostraram o desafio de convencer EUA e China.

O governo entende que precisa combater a desinformação domesticamente e globalmente. A estratégia interna inclui leis, campanhas e educação midiática. No entanto, as redes operam internacionalmente e uma solução isolada não funcionará.

Com a presidência do G20, o Brasil deseja criar consciência sobre os impactos da desinformação e transformar o debate em ações concretas. O Painel da ONU sobre Mudanças Climáticas, que reuniu evidências para governos agirem, serve como modelo. O objetivo é institucionalizar o tema na agenda global.

Próximos passos envolvem reunião com líderes em abril e cúpula da ONU em setembro. Sem integridade da informação, os riscos políticos e econômicos aumentarão. O desequilíbrio de poder entre Estados e big techs precisa ser enfrentado.