Os campos de investigação na área da inteligência artificial não param de se multiplicar. Agora, um grupo de investigadores japoneses estão a procurar padrões entre a expressão de determinadas emoções através da face de políticos e as suas decisões.
Em termos mais abrangentes, será que no futuro a inteligência artificial poderá prever com uma boa probabilidade de sucesso as acções dos seres humanos?
Dois investigadores japoneses dizem que sim, com base em duas investigações distintas. Uma das investigações centrou-se no presidente do banco central japonês, Haruhiko Kuroda, e outra investigação centrou-se no presidente do banco central europeu, Mario Draghi.
Segundo os investigadores, existe uma correlação clara apontada pela inteligência artificial entre expressões faciais mais “tristes” e “abatidas” e o anúncio de alterações à política de estímulo do banco.
O seu estudo seguiu todas as conferências de notícias em que Mario Draghi falou entre Junho de 2016 e Dezembro de 2017 e encontrou sinais de “tristeza” precedendo duas grandes alterações na política do banco em Dezembro de 2016 e Outubro de 2017. Ainda assim, Yoshiiyuki Suimon e Daichi Isami afirmam que a inteligência artificial teve mais facilidade em ler e prever o presidente Japonês, na medida em que as alterações na fisionomia facial de Draghi são muito subtis.
“Estes dados sugerem que Draghi está a manter mais controlo sobre as suas expressões, quer o facto de forma consciente ou não”, disse Suimon, citado pela Reuters.
O software utilizado pelos investigadores pertence à Microsoft e chama-se “Emotion API”, que utiliza um algoritmo de reconhecimento visual para enquadrar as expressões de moção em oito categorias: alegria, tristeza, surpresa, raiva, medo, desprezo, nojo e neutralidade.