Recentemente, a startup indiana Dukaan, que ajuda comerciantes a abrirem lojas online, demitiu 90% de sua equipe de atendimento ao cliente.
O CEO Suumit Shah justificou a decisão drástica afirmando que um chatbot de IA havia superado os humanos, reduzindo o tempo de resposta de mais de 2 horas para apenas alguns minutos.
De acordo com Shah, o chatbot levava em média 3 minutos para responder dúvidas dos clientes, enquanto os humanos demoravam mais de 2 horas. Assim, a IA trouxe mais agilidade e permitiu uma economia de 85% nos custos de suporte da Dukaan.
A notícia, compartilhada por Shah no Twitter, gerou polêmica. Muitos usuários criticaram a comemoração pública das demissões e a falta de empatia com os funcionários dispensados. Outros questionaram se o real motivo não seria a dificuldade financeira da startup.
O caso ilustra um dilema que tende a se intensificar com o avanço da IA: o conflito entre automatização e preservação de empregos. Por um lado, bots podem melhorar a eficiência dos negócios. Por outro, humanos acabam sendo substituídos por máquinas. Cabe às empresas buscarem o equilíbrio entre esses fatores.
Nos EUA, estima-se que milhares de postos já foram eliminados por causa da inteligência artificial apenas em 2022. É uma tendência que exige atenção dos governos e adaptação constante dos trabalhadores. A tecnologia traz benefícios, mas seu impacto social não pode ser ignorado.