Intel pode renomear a litografia de seus nódulos por conta de marketing

A fabricante não quer que seus produtos sejam percebidos como inferiores em relação à TSMC


De acordo com o Oregon Live, funcionários da Intel afirmaram que a empresa deve mudar a forma como se referem ao tamanho de suas arquiteturas no futuro. Isso porque a fabricante passou muito tempo desenvolvendo nódulos de 10 nanômetros e acabou ficando “para trás” em relação a concorrentes como a TSMC, que hoje produzem chips com arquitetura de 5nm.

A Intel passou muitos anos para desenvolver uma arquitetura em 10nm, prometendo que ela traria diversos avanços para as suas CPUs mas que parecia quase impossível de produzir. Prova disso é que a recém chegada 11ª geração Rocket Lake-S ainda é feita em 14nm, e apenas a 12ª geração Intel Core deve finalmente conta com uma arquitetura de 10nm.

No entanto, mesmo que esse ano a fabricante consiga alcançar os tão esperados 10nm, ela ainda fica “atrás” de competidoras como a TSMC que atualmente produz nódulos em 5nm. Até então a Intel sempre destacava que uma litografia menor não necessariamente significa um componente de melhor qualidade, mas agora a empresa deve mudar a nomenclatura de seus nódulos por conta do efeito que isso causa no marketing da empresa.

É de conhecimento geral na indústria que há uma inconsistência e uma confusão na nomenclatura de nanômetros, e isso não reflete as últimas inovações na perspectiva dos transistores.

A mudança de nomenclatura é necessária, de acordo com a empresa, para diminuir a noção do mercado que seus processadores são menos eficientes que os da concorrência apenas pela litografia. Em 2023, por exemplo, enquanto a Intel planeja trabalhar com nódulos de 7nm, a TSCM já deve estar produzindo-os em 3nm+.

No entanto, ainda não sabemos como a nova nomenclatura será feita, e também não há confirmação por parte da empresa que haverá mudança de fato, já que a sua liderança pode acabar desistindo da ideia futuramente.

João Pedro:
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