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As empresas do Brasil agora podem marcar produtos em imagens, permitindo que as pessoas compram enquanto visualizam suas fotos.
O serviço de compras da Instagram está se expandindo para o Brasil, permitindo que os varejistas comercializem seus produtos em imagens diretamente para pessoas na rede social.
O lançamento no Brasil segue um teste beta de pequena escala. Amy Cole, chefe de desenvolvimento de produtos da Instagram, diz que a ferramenta de compras visa trazer a “mentalidade de descoberta” para as empresas que procuram vender seus produtos online.
O Instagram não vai cobrar empresas ou consumidores pelo serviço e, no momento, apenas se aplica a conteúdo orgânico e não patrocinado.
As vendas nos 20 maiores varejistas online apenas no Brasil cresceram 23% de 2016 a 2017. Arnaldo Alves, Especialista em Vendas no Instagram, diz que a nova ferramenta de compras ajuda as pequenas empresas a contornar os fluxos de receita tradicionais e chegar diretamente aos consumidores.
Para o Instagram – e pequenos varejistas – o lançamento de compras na rede social no Brasil é uma oportunidade para promover a tendência de “desorganização de produtos mundanos”. Para cada Fernanda, Paula e Camila, também há uma Joana. Os objetos decorativos em 3D de R$ 260 da empresa Loja Nama ajudaram a atingir um volume de negócios que já ultrapassou R$ 1 milhão, metade dos 4mil clientes vieram das redes sociais.
Exemplo de sucesso no Brasil
Joana Cariello, fundadora da Loja Nama, trabalhou em uma grande empresa de varejo, primeiro como trainee e depois como gerente de loja. Formou-se em publicidade e queria voltar a atuar na area. “Pensei em abrir um negócio online, já que com ele conseguiria, por exemplo, criar um site legal e pensar em uma boa estratégia de redes sociais”, afirma Joana.
A Nama foi lançada em agosto de 2016, mas o perfil da marca no Instagram já foi criado dois meses antes. Junto com a abertura veio a primeira campanha publicitária paga.
Hoje, metade dos 4 mil clientes já atendidos pela Nama vem do Instagram. O e-commerce conta com 42 itens de decoração, com um ticket médio de 260 reais.
Além de investir na divulgação, Cariello conta que usa a rede social para interagir com os clientes. “Eles compram os produtos e depois postam no Instagram, marcando nossa loja na postagem e usando hashtags. Com isso, mais pessoas conhecem nossa marca e se tornam consumidoras, já vendo como nossos produtos ficariam em uma casa comum.”
Em 2017, a Nama virou um dos cases destacados pelo Instagram como exemplo de empreendedorismo por meio da rede social. Segundo Cariello, isso atraiu empresários e investidores interessados em, inclusive, vender alguns dos produtos fabricados pela Nama em outros países.
