Você já foi humilhado na internet? Isso pode acontecer em breve

No tribunal absolutista das Redes Sociais, todos podem tropeçar e cair no banco dos réus, inclusive eu… e você.


Não vamos perder tempo com celebridades. Harvey Weinstein, Kevin Spacey e William Waack sofreram a execração das redes por causa da fama.

Grandes nomes são grandes alvos desde a época do telefone à manivela. Nesses casos, além do mais, não se pode falar em grandes injustiças porque, salvo prova contrária, parece que os três têm culpa no cartório.

Vamos dedicar o nosso tempo a um tipo de alvo que só se tornou possível com as redes sociais: a pessoa comum, anônima, que não possui profissões glamorosas e não costuma posar para os fotógrafos do grand monde. Mais: pessoas inocentes, incautas, inofensivas, que tiveram a má sorte de passar pelos seus “cinco minutos de bobeira” no Twitter ou no Facebook.

Ninguém está falando dessas vinganças sexuais que se dão com a publicação de vídeos íntimos — prática covarde que merece a prisão perpétua —, mas sim dos tribunais inquisidores que se instalam espontaneamente na internet. Está perdido quem cair no banco dos réus. Sem direito à apelação, há de conhecer a derrocada dos arrependidos e a amarga solidão dos injustiçados.

Não há exagero nos exemplos abaixo. São reais em tudo que possuem de espantoso. Foram colhidos no livro Humilhado – Como a Era da Internet Mudou o Julgamento Público, do jornalista inglês Jon Ronson. A obra foi publicada em 2015, tanto nos Estados Unidos como no Brasil, e aqui pode ser encontrada no catálogo da Editora Best Seller.

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