Hackers invadem câmeras domésticas e divulgam vídeos íntimos

Centenas de câmeras domésticas foram invadidas por cibercriminosos, que divulgaram cerca de 3 TB em vídeos íntimos na internet.


 

As imagens foram encontradas em websites pornográficos e incluem imagens de crianças, casais, mulheres amamentando, pessoas se despindo e até mesmo utilizando o banheiro. Segundo as autoridades envolvidas, as vítimas são de Singapura, Canadá, Coreia do Sul e Tailândia.

Estes vídeos também vendidos a pessoas interessadas por uma assinatura única de US$ 150 (R$ 837, em conversão direta), que dava acesso vitalício aos compradores. 

O grupo responsável pela invasão foi encontrado na plataforma de mensagens Discord e tem quase 1.000 membros em todo o mundo que, segundo oThe News Paper, tinham acesso a uma “amostra” gratuita com 4 mil vídeos e fotos.

Apesar de câmeras IP serem úteis para monitorar crianças, idosos e animais de estimação, elas são conhecidas por sua vulnerabilidade. Isso porque os mecanismos de acesso aos vídeos gravados nem sempre são os mais seguros.

Estes mecanismos podem ser divididos em dois protocolos de rede: encaminhamento de porta e ponto a ponto. Na primeira alternativa, é utilizada a tecnologia Universal Plug and Play (UPnP), pela qual a câmera pode ser acessada por uma porta no endereço IP externo. 

No entanto, se não houver método de autenticação, qualquer pessoa que conheça o endereço IP do dispositivo pode acessar as imagens e mais, dependendo da configuração do fabricante.

Como evitar invasões

O primeiro passo para não ser vítima de um ataque como este é alterar a senha padrão do seu dispositivo. Neste momento, opte por uma combinação forte e, se possível, com números, símbolos, além de letras maiúsculas e minúsculas.

Na hora de comprar sua câmera IP, prefira fornecedores com foco em segurança. Outra dica importante é habilitar a autenticação em dois fatores e usar uma conexão criptografada para acessar o painel de administração. 

João Pedro:
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