Inclui uso de inteligência artificial E de todos os recursos da nuvem Maior contrato da América Latina
A Globo e o Google fecharam um acordo para que a emissora utilize diferentes serviços da empresa norte-americana em sua transformação digital. O contrato vai do uso de todos os recursos do Google Cloud, serviço de nuvem da empresa, até a integração do Globoplay com o sistema Android TV.
O objetivo da Globo, segundo comunicado divulgado pela empresa (íntegra – 103 KB), é se transformar em uma mediatech, ou seja, combinar recursos de mídia e tecnologia para um contato direto com o público. Para isso, fechou o maior acordo de comunicação do Google na América Latina, segundo o grupo de mídia. O valor do contrato, no entanto, não foi revelado.
“Essa parceria estratégica para a Globo […] sintetiza alguns dos principais pilares da nossa transformação, como foco no público, gerenciamento de dados, parceria para inovação e novos modelos de negócios“, afirmou Jorge Nóbrega, presidente-executivo da Globo, em nota.
Com o acesso à nuvem, a Globo poderá digitalizar grande parte do seu conteúdo. Produtos digitais, como os portais de notícias e entretenimento, também devem ser transferidos para o sistema de armazenamento online. A empresa espera levar 100% do seu centro de dados para o Google Cloud, operação que pode levar até 24 meses.
A nuvem também vai ser utilizada para uma reforma das plataformas do grupo Globo. A empresa espera modernizar a estrutura tecnológica de seus serviços digitais para que elas possam ser mais flexíveis e integradas com a tecnologia do Google.
O acordo inclui ainda o uso de tecnologias como inteligência artificial, análise de dados e aprendizado de máquinas. Com isso, a Globo espera acelerar sua produção e o lançamento de novos produtos e serviços. Também está entre os objetivos lançamentos de conteúdo personalizados para o público.
Além disso, a empresa espera que, com a integração do Globoplay ao sistema Android TV, a evolução do aplicativo de streaming e seu alcance aumentem exponencialmente. A meta é que o aplicativo possa ser nativo, ou seja, chegar ao consumidor instalado no aparelho, em 80% dos televisores do mercado brasileiro.