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Em 52 operações de bloqueio, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) atingiu um total de 3.900 endereços de de “gatonet” durante o ano de 2023. O balanço foi divulgado hoje.
O que aconteceu
O objetivo da Anatel é retirar TV boxes não homologadas dos lares brasileiros. “Esses dispositivos não têm assistência técnica, não há garantia de segurança de dados, e podem se tornar vetores de ataques digitais à rede do usuário ou às redes das prestadoras de telecomunicações”, afirma Artur Coimbra, conselheiro diretor da Anatel e coordenador do combate à pirataria no órgão regulador.
A agência está fechando o cerco em torno dos servidores utilizados para pirataria de conteúdo audiovisual por meio de aparelhos conhecidos como TV boxes (ou “gatonet”). Para isso, elaborou um plano de ação denominado Plano de Combate aos Decodificadores Clandestinos, iniciado antes do Carnaval e que visava inicialmente apenas a tecnologia utilizada para a pirataria.
Recentemente, a agência obteve sucesso no bloqueio das três principais tecnologias (compartilhamento de chave de criptografia do sinal do SeAC (Serviço de TV por Assinatura), assinatura pirata e IPTV).
Na semana passada, a Anatel realizou o bloqueio da transmissão da última rodada da Série A do Campeonato Brasileiro Masculino de Futebol, além de aplicativos usados para pirataria e 1.200 sites de streaming ilegais. Essa foi uma operação sincronizada, pela primeira vez, com as prestadoras de banda larga e o Laboratório de Operações Cibernética do Ministério da Justiça.
Estudos de engenharia reversa realizados pela Agência desde 2021 comprovaram ataques e danos que podem ocorrer a usuários de TV boxes irregulares.
Sem autorização
“Gatonet” refere-se a uma prática ilegal que possibilita a visualização de canais de televisão pagos e conteúdos de serviços de streaming sem a devida assinatura. Essa atividade é comumente realizada por meio de TV Boxes não autorizadas pela Anatel.