Parte de um experimento realizado por pesquisadores da Universidade Harper Adams, a plantação com cerca de 5 toneladas de cevada foi feita por robôs.
A época da colheita sempre foi bastante celebrada nos mais variados países ao redor do mundo. Normalmente, o processo é bastante festejado, e praticado por uma grande equipe de pessoas. No entanto, uma fazenda no Reino Unido está fugindo da regra e empregou, pela primeira vez, apenas robôs no processo de colheita.
A fazenda Hands Free (mãos livres), faz parte de um experimento realizado por pesquisadores da Universidade Harper Adams, em Edgmond, no Reino Unido. Lá foram plantadas cerca de 5 toneladas de cevada, e absolutamente tudo, do começo ao fim, foi feito por robôs. Isso engloba os processos de semeadura, fertilização e colheita.
A equipe por trás do projeto acredita que a tecnologia robótica pode aprimorar a agricultura, o que é particularmente útil em um cenário onde cada vez mais a população está crescendo.
“Na agricultura, ninguém realmente conseguiu resolver o problema da autonomia”, disse Jonathan Gill, pesquisador de mecatrônica na Universidade Harper Adams e líder do projeto. “Nós pensamos: Por que isso não é possível?”.
Os pesquisadores compraram algumas máquinas pequenas de agricultura, incluindo um trator e uma colheitadeira. Então equiparam as máquinas com aparatos tecnológicos, que permitem o controle automático das máquinas, se a necessidade de um operador humano.
“O primeiro estágio foi fazer com que tudo controlado por rádio. Esse era nosso primeiro passo rumo a autonomia. Depois disso, nos pré-progamamos todas as ações necessárias para o sistema de piloto automático”, explicou Gill.
De acordo com Martin Abell, que colaborou com Gill no projeto, o sistema segue uma certa trajetória, que paradas programadas, executando ações definidas. “Os veículos navegam com base em GPS, e basicamente seguem uma trajetória programada por nós. Em pontos diferentes, programamos ações diferentes que devem ser realizadas”, disse Abell.
Para monitorar o campo e tirar amostras das plantas, os pesquisadores desenvolveram pinças especiais ligadas aos drones. À medida que o drone voa acima do campo, as pinças podem cortar algumas amostras e entregá-las aos pesquisadores.
Os cientistas envolvidos no projeto acreditam que a tecnologia robótica pode permitir que no futuro os agricultores utilizem fertilizantes e herbicidas com maior precisão. Além disso, defendem que a pesquisa pode ajudar no sentido de proporcionar melhor qualidade de solo.
“No momento, as máquinas usadas na agricultura são grandes. Elas operam de maneira rápido, e cobrem grandes áreas em pouco tempo. No entanto, isso proporciona falta de precisão”, disse Abell. “Máquinas pequenas, trabalhando com áreas pequenas, podem ser a solução”.
Nos próximos anos, a equipe pretende aprimorar a precisão e os procedimentos realizados pelo sistema.