Facebook é multado em US$ 5 bilhões por vazamento de dados

É a segunda maior multa da recente história das leis restritivas ao abuso e falta de proteção técnica dos dados privados dos consumidores e cidadãos.


A Federal Trade Commission aprovou uma multa de cerca de US $ 5 bilhões contra o Facebook por manuseio indevido de informações pessoais de usuários, segundo três pessoas informadas sobre a votação, no que seria um acordo histórico que sinaliza uma postura agressiva dos reguladores em relação aos mais poderosos do país. empresas de tecnologia.

tão esperado acordo ainda precisa de aprovação final nas próximas semanas do Departamento de Justiça, que raramente rejeita os acordos alcançados pela agência.

Seria a maior multa aplicada pelo governo federal contra uma empresa de tecnologia, superando facilmente os US $ 22 milhões impostos ao Google em 2012.

O tamanho da penalidade ressaltou a crescente frustração entre as autoridades de Washington com a forma como os gigantes do Vale do Silício colecionam, armazenam e vendem. use a informação das pessoas.

Também representaria uma das ações regulatórias mais agressivas da administração Trump e um sinal da disposição do governo em punir uma das maiores e mais poderosas empresas do país.

Trump

O presidente Trump reduziu as regulamentações em muitos setores, mas o acordo do Facebook estabelece uma nova barreira para a aplicação da privacidade por funcionários dos Estados Unidos, que trouxeram poucos casos contra grandes empresas de tecnologia.

Além da multa, o Facebook concordou com uma visão mais abrangente de como ele lida com dados de usuários, de acordo com as pessoas. 

Mas nenhuma das condições do acordo imporá limitações estritas à capacidade do Facebook de coletar e compartilhar dados com terceiros.

E essa decisão pareceu ajudar a dividir a comissão de cinco membros. A votação de 3 a 2, tomada em segredo nesta semana, atraiu a dissidência dos dois democratas na comissão porque eles buscaram limites mais rígidos para a empresa, disseram as pessoas.

A investigação da FTC foi iniciada pelo The New York Times e pelo The Observer of London, que descobriram que a rede social permitia que a Cambridge Analytica, uma empresa de consultoria britânica na campanha Trump, coletasse informações pessoais de seus usuários. 

A empresa usou os dados para construir perfis políticos sobre indivíduos sem o consentimento dos usuários do Facebook.

A agência descobriu que o tratamento de dados de usuários pelo Facebook violou um acordo de privacidade de 2011 com a FTC.

Esse acordo anterior, que surgiu depois que a empresa foi acusada de enganar as pessoas sobre como eles lidavam com seus dados, exigiu que a empresa reformulasse suas práticas de privacidade.

Reguladores americanos e legisladores de ambos os partidos também adotaram uma postura mais combativa em relação aos gigantes da tecnologia nas últimas semanas. 

O Congresso iniciou uma investigação antitruste sobre como as maiores empresas de tecnologia prejudicaram os consumidores e impediram a concorrência. 

O Departamento de Justiça e a FTC dividiram a responsabilidade por possíveis investigações antitruste em várias empresas.

Na quinta-feira, Trump atirou no Facebook e em outras empresas de mídia social, acusando-as de serem tendenciosas contra os conservadores. 

Ele também foi ao Twitter para criticar a mais recente iniciativa do Facebook em criptomoedas – um projeto chamado Libra, que ainda está em seus estágios iniciais – dizendo que a moeda proposta pelo Facebook nunca usurparia o dólar. 

David Marcus, o executivo do Facebook responsável por Libra, deve comparecer ao Congresso na próxima semana para explicar e defender a iniciativa.

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