Exército dos EUA investe em proteção contra ataques de drones

A nova aposta do Exército dos Estados Unidos é a proteção contra o ataque de aeronaves remotamente pilotadas.


Uma empresa norte-americana chamada Northrop Grumman está começando a se concentrar no desenvolvimento de lasers destinados ao extermínio de drones. Isso porque a nova aposta do Exército dos Estados Unidos é a proteção contra o ataque de aeronaves remotamente pilotadas.

Para isso, o Exército norte-americano quer montar sistemas de laser de 50 quilowatts em cima de seu veículo Stryker, projetado pela General Dynamics, como parte de sua iniciativa de prototipagem de energia dirigida do Exército Americano de Manobra de Curto Alcance (M-SHORAD). Basicamente, o plano é proteger as tropas de combate da linha de frente contra os tais ataques de drones. A iniciativa conta com a integração de um sistema de armas dirigido por um veículo Stryker.

“A Northrop Grumman está ansiosa para alavancar seu portfólio de tecnologias inovadoras e comprovadas, e sua experiência em integração para acelerar a entrega de proteção de próxima geração às nossas forças de manobra”, anuncia Dan Verwiel, vice-presidente e gerente geral de sistemas de defesa e proteção contra mísseis da Northrop Grumman, em um comunicado oficial da empresa.

Exército dos EUA se protege de ataques de drones

O sistema de defesa de drones, helicópteros, foguetes, artilharias e morteiros que o Exército pretende montar em um grupo de veículos da Stryker poderia vir tanto da Northrop Grumman quanto da Raytheon, que também foi escolhida para desenvolver tecnologia para o projeto.

“Agora é hora de levar armas de energia dirigida ao campo de batalha”, aponta o tenente-general L. Neil Thurgood, diretor de hipersônicos. “O Exército reconhece a necessidade de lasers de energia direcionada como parte do plano de modernização. Isso não é mais um esforço de pesquisa ou um esforço de demonstração. É uma capacidade estratégica de combate e estamos no caminho certo para colocá-lo nas mãos dos soldados”, o tenente ainda explica.

Para o Exército, essa iniciativa dos lasers produzidos pela Northrop Grumman faz parte da proposta de reduzir os obstáculos da cadeia de suprimentos associados às armas cinéticas convencionais. Em maio deste ano, foi aprovada a aplicação de uma estratégia de prototipagem acelerada e uso em campo de uma ampla gama de lasers para infantaria, veículos e apoio aéreo.

Embora a Raytheon e a Northrop Grumman tenham sido utilizadas pelo Exército, as Forças Armadas também estão interessadas em outros fornecedores que queiram realizar suas próprias pesquisas, segundo declarações do próprio Exército. Trata-se de um contrato potencial de US$ 490 milhões (o equivalente a R$ 1,9 bilhão) para quem ganhar a demonstração, e o Exército espera ter os veículos equipados até meados de 2022.

“Tanto o Exército quanto a indústria comercial fizeram melhorias substanciais na eficiência de lasers de alta energia – a ponto de podermos obter poder de laser militarmente significativo em uma plataforma taticamente relevante”, aponta Craig Robin, cientista sênior de pesquisa da RCCTO para Energia Dirigida. “Agora, estamos em posição de rapidamente prototipar, competir pela melhor solução e entregar em uma unidade de combate”, o rapaz completa.

João Pedro:
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