Estudo recomenda reduzir brilho da tela do celular durante a noite

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Organismos associam luz azul à hora de dormir porque a noite apresenta tons mais frios.



Uma pesquisa da Universidade de Manchester, na Inglaterra, indica que o recurso de Night Shift/Filtro de Luz Azul presente no iPhone e no Android não é tão efetivo quanto parece e pode até fazer mal para os olhos. Pesquisadores observaram que a luz azul é uma cor fria, justamente a tonalidade que o ambiente assume quando anoitece. Depois de observar o tema, a equipe recomendou a redução de brilho de tela como uma opção mais adequada durante a noite.

O Night Shift é um recurso que, quando acionado, ativa um filtro de cores que passa a emitir menos luz azul à noite. Ele surgiu em 2016 com o iOS 10 através do iPhone 7 e logo depois passou a aparecer em celulares de outros fabricantes. Com o lançamento do Galaxy S10, a Samsung também passou a aderir a telas com menos luz azul como padrão.

O ritmo circadiano dos mamíferos está acostumado a sintetizar a luz no organismo e de acordo com intensidade da luz – cores mais quentes ou mais frias – ele consegue compreender quando é de dia e quando é noite. Por isso, o corpo associa as cores frias à hora de dormir. No entanto, sem a luz azul o Night Shift provoca uma resposta orgânica do organismo mantendo o indivíduo acordado.

“Nossas descobertas sugerem que o uso de luzes fracas e frias à noite e luzes mais quentes durante o dia pode ser mais benéfico”, disse o Dr. Tim Brown, pesquisador-chefe do estudo.

O estudo identificou que a luz azul provocava menos efeitos no corpo dos ratos do que a luz amarela, o que significa que a ausência dela não modifica a resposta orgânica desses seres; pelo contrário, amplifica.

Os pesquisadores concluíram que o ajuste da intensidade do brilho de tela é muito mais importante do que a filtragem da cor. Sendo assim, eles recomendam que as pessoas alternem a intensidade dependendo da incidência solar: mais brilho de dia e menos brilho à noite, como se a iluminação de fundo estivesse escurecendo aos poucos.

Apesar dos resultados obtidos, os profissionais salientaram que é preciso investigar o assunto mais a fundo, já que os testes foram realizados em ratos, seres que não possuem organismo idêntico ao dos humanos.

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