Estratégia brasileira de Inteligência Artificial segue no papel após 2 anos

A Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial, lançada pelo Governo Federal em 2021, trouxe a intenção de promover investimentos e regulamentação ética do uso desta tecnologia em diversas áreas. No entanto, após 2 anos de sua publicação, poucas ações efetivas foram realizadas.


O eixo “Qualificações para um Futuro Digital” propõe iniciativas importantes na área de educação, como a incorporação de temas relacionados à IA na Base Nacional Comum Curricular e a ampliação de cursos de graduação e pós-graduação na área. Porém, na prática, não houve qualquer movimento nesse sentido.

Além disso, a Estratégia não estabeleceu um cronograma claro de implementação das ações. Metas ambiciosas como “desenvolver programa de literacia digital em todas as áreas de ensino” carecem de planejamento efetivo para sair do papel.

Passado mais de um ano, é hora de o Governo demonstrar na prática seu compromisso com o desenvolvimento ético e inclusivo da Inteligência Artificial no Brasil. A sociedade não espera mais documentos e discursos vazios. É preciso estabelecer um calendário concreto de iniciativas, com responsáveis, orçamento e indicadores de sucesso.

O Brasil não pode mais protelar investimentos em pesquisa e recursos humanos qualificados em Inteligência Artificial. Enquanto outros países avançam rapidamente nesta tecnologia estratégica, nossa estratégia continua engavetada. Chegou a hora de colocá-la em prática com ações efetivas de curto, médio e longo prazo em parceria com universidades, empresas de tecnologia e organizações da sociedade civil.

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