Empresas recorrem à realidade virtual para treinar funcionários

Pessoas participam de demonstração de óculos de realidade virtual, na Califórnia. 30/4/2019. REUTERS/Stephen Lam

 Treinamento de empregados no futuro não envolverá dramatizações vergonhosas na frente de novos colegas ou cursos online entediantes que levam uma hora cada para serem concluídos.



Para a próxima onda de aprendizado no local de trabalho, prepare-se para usar um par de óculos de realidade virtual. Em dez minutos, a aula está permanentemente fixada em seu cérebro.

Não é exatamente mágica, nem totalmente ciência, mas está funcionando bem o suficiente para empresas tão diferentes quanto Walmart, Fidelity Investments e Accenture.

“É isso que os pilotos fazem há 50 anos. Você pilota o avião sem pilotar o avião”, disse Derek Belch, fundador e presidente-executivoda Strivr, provedora de treinamento imersivo baseado em realidade virtual, com sede na Califórnia.

“Podemos dar isso a qualquer funcionário de qualquer área”.

No Walmart, o programa de dois anos depende do uso de vídeos em 360 graus de realidade virtual para permitir que os funcionários vejam situações de diferentes perspectivas.

Atualmente, equipamentos de realidade virtual estão em mais de 4.500 lojas da rede e cerca de 800 mil associados passaram por treinamento com eles, disse Andy Trainor, vice-presidente de aprendizado do Walmart nos EUA.

Para ensinar habilidades sociais, que envolvem qualidades como comunicação, trabalho em equipe e liderança, o módulo de empatia do Walmart começa na perspectiva do atendente do caixa. Você vê uma fila movimentada e clientes alinhados.

Mas então a perspectiva muda, e você é subitamente o cliente. Você observa o contexto de por que essas pessoas estão chateadas:

Um pai com seu filho bebê está com pouco dinheiro para comprar remédios.

Um homem atrasado para ver sua filha em um show porque seu carro quebrou e ele precisa comprar cabos de ligação.

Uma mulher abalada comprando coisas que seu pai precisa porque ele acabou ser internado em um hospital.

“Os atendentes de caixas podem ficar muito robóticos e autônomos”, disse Trainor. “Todo cliente tem uma história, e há uma razão pela qual eles estão com determinado humor.”

A mensagem que a empresa espera transmitir: você pode ajudar a melhorar o dia do cliente em vez de piorar.

Medir habilidades sociais não é fácil, mas a maioria das empresas descobre que o retorno do investimento em realidade virtual ocorre no tempo economizado e nos funcionários com melhor desempenho.

João Pedro:
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