Computador quântico: tudo o que você precisa saber sobre o modelo poderoso

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Conheça curiosidades sobre a tecnologia que parece ficção científica


Objetos comuns de filmes de ficção científica, os computadores quânticos saltaram das telas de cinema para a realidade nas últimas três décadas. A evolução dos PCs muito poderosos garantiu ao Google o recorde da supremacia quântica, com a resolução de um cálculo em apenas 200 segundos. A tecnologia, que promete alta capacidade de processamento para atacar e resolver problemas científicos pode despertar curiosidade no usuários de PCs comuns.

Com alguns modelos de computadores quânticos espalhados pelo mundo e com um representante da da Petrobras no cenário da computação quântica global, o TechTudo reúne, na lista a seguir, algumas curiosidades sobre os modelos e desvenda também os principais questionamentos sobre o funcionamento e uso das máquinas.

O “pai” da computação quântica é o físico Paul Benioff que propôs, na década de 80, a criação de máquinas que usassem princípios da física quântica para funcionar. Desta forma, os computadores quânticos seriam capazes de suportar tecnologia, realizando tarefas mais elaboradas. Esse uso foi pensado para ir além das capacidades do computadores convencionais, de uso diário. Com esta ideia em mente, cientistas começaram a desenvolver os primeiros protótipos e, a partir deles, traçaram os primeiros experimentos com a nova tecnologia, em 1990.

Como funcionam?

O supercomputador aplica noções da física quântica para funcionar. Enquanto um computador eletrônico convencional manipula informações a partir de valores que são representados por números binários (0 ou 1), um computador quântico usa qubits, os bits quânticos, que podem assumir valor 0, 1 ou as duas coisas ao mesmo tempo.

Um computador convencional, para realizar funções do dia a dia do usuário, transforma todos os dados em cadeias de 0 ou 1, usando o sistema binário, mais simples e menos elaborado. O uso dos chamados bits, que são adotados neste sistema, é capaz de solucionar qualquer questão, desde a exibição de imagens na tela do monitor, até a simulação de cálculos. Já no computador quântico, as operações passam por uma tecnologia chamada qubits, onde as informações podem assumir até dois valores distintos e simultaneamente.

Esta variação entre os valores tem impactos profundos, sobretudo em cálculos mais pesados: se um bit pode obter dois valores diferentes ao mesmo tempo, o computador pode ganhar tempo na hora de processar tarefas muito exigentes. É essa característica que coloca computadores quânticos como máquinas ideais para atacar problemas teóricos da matemática ou física, por exemplo.

Podem ser usados em tarefas do dia-a-dia?

Por enquanto, não é possível ter um computador quântico em casa. Com uma funcionalidade complexa e a necessidade de um amplo espaço para sua instalação, os supercomputadores têm uso restrito para ciência e tecnologia. Além disso, como esta área da informática é relativamente nova e ainda pouco explorada, não há grande oferta de software para esse tipo de computador. Cientistas da computação e desenvolvedores de software ainda trabalham em cima de novos conceitos para que aplicações criadas para máquinas convencionais também consigam ser reproduzidas neste tipo de máquina.

Para que servem?

Além do caráter científico e acadêmico desses sistemas, computadores quânticos têm, hoje, um escopo limitado de aplicações. Os principais tipos de uso estão relacionados com pesquisas científicas: estudos nas áreas de astrofísica, física e matemática são alguns exemplos. Mas aplicações com resultados a curto prazo também são possíveis, como simulações extremamente precisas e complexas do comportamento do clima no planeta.

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