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Médico fugiu após complicações numa aplicação de silicone nos glúteos que levou à morte a bancária Lilian Calixto, no Rio de Janeiro.
O quadro de situações ilícitas em que se encontra o famoso nas redes Dr. Bumbum não é pouca coisa. A mais grave delas envolve a morte da bancária Lilian Calixto, paciente que morreu após passar por um procedimento estético realizado por ele na cobertura de um apartamento na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Denis César Barros Furtado, de 45 anos, realmente tem registro ativo, mas apenas nos conselhos regionais de Goiás e Distrito Federal.
Foragido, Denis acumula outros dez processos anteriores na justiça: homicídio (1997), porte de arma (2003), crime contra a ordem pública (2003), resistência a prisão (2006 e 2007), exercício arbitrário da própria razão (2007) — quando a pessoa excede no direito de reagir em legítima defesa, e violação de domicílio (2007).
A mãe dele, Maria de Fátima Barros, de 66 anos, é outra que participou do atendimento e se encontra foragida. Assim como o filho, ela é médica, mas teve o registro cassado em 2015 pelo Conselho Regional de Medicina.
Até a empregada da família, Rosilane Pereira da Silva, está envolvida no caso, pois atuava como auxiliar do médico, junto de sua namorada e a mãe, e emprestava o nome para a clínica, estabelecimento que na verdade é um salão de beleza. Todos são indiciados por homicídio qualificado e associação criminosa.
Denis chegou a levar Lilian para o hospital, mas deixou o local assim que soube que a paciente havia ido a óbito, comunicou a instituição.
Estrela das redes sociais
Tudo isso se dá num momento em que o médico gozava de estrelato nas redes sociais, com 665 mil seguidores no Instagram e 1,5 mil inscritos no YouTube.
Do ocorrido para cá, ele já perdeu dez mil seguidores no Insta. O apelido de “Dr. Bumbum” veio das próprias pacientes. Denis conseguiu fama entretendo o público com suas dicas de saúde e imagens do antes e depois dos procedimentos.
Apesar de todo o marketing pessoal, a diretoria do hospital informou que Lilian deu entrada na emergência apresentando taquicardia, dispneia, cianose, sudorese intensa e hipotensão.
A hipótese inicial é que ela tenha sofrido uma embolia pulmonar por conta da aplicação de 300ml de silicone nos glúteos.