O processo vai muito além da implementação de soluções tecnológicas inovadoras. É preciso repensar a cultura da empresa nessa nova empreitada.
Aplicar novos recursos tecnológicos no seu negócio não é mais uma opção, mas uma questão de tempo e um caminho sem volta em direção à transformação digital. Hoje, esta nova realidade tem feito CEO’s, CIO’s e CTO’s pensarem de forma mais assertiva sobre quais serão seus próximos passos nesta jornada de mudanças.
Nesse sentido, vale se ater aos seguintes pontos sobre como a sua empresa pode iniciar seu próprio processo de transformação digital:
*Instrua seus times a entenderem o que implica a presença digital da sua empresa;
*Estude e entenda os novos recursos digitais disponíveis no mercado;
*Identifique como algumas dessas oportunidades no mercado podem beneficiar seu negócio;
*Busque trocar experiências e criar um ‘networking’ com outras pessoas do segmento em que você atua. Comece pequeno e identifique as áreas que irão beneficiá-lo imediatamente;
*Aprenda sobre novas tecnologias disponíveis para ver como elas poderiam potencialmente criar oportunidades.
Um exemplo importante de um tipo de negócio em plena jornada de transformação digital são as lojas e supermercados online que oferecem facilidades de compra (além de descontos) para cada cliente a depender de seus hábitos de consumo. Além de eliminar o tempo em filas, esta iniciativa fideliza o cliente, que tem sugestões mais assertivas sobre os produtos disponíveis “na prateleira”, e pode gerar novos negócios.
A fim de conduzir esta transformação, companhias de todo e qualquer setor precisam derrubar limites entre tecnologia, marketing, vendas e operações. Reunir funcionários de diferentes áreas e responsabilidades pode ser uma excelente fonte de ideias pertinentes ao contexto do negócio. As já antigas iniciativas “pensadas em isolamento”, que são geralmente resultado de ‘insights’ de um departamento único, normalmente não atendem às expectativas das empresas, sendo um real desperdício de investimentos.
Ao avaliar – com os times integrados – todas as iniciativas relevantes, um executivo precisa priorizar aquelas que podem mais facilmente auxiliar a empresa na sua transformação digital, com base em critérios como o valor trazido à companhia, tempo de impacto e esforço necessário para alcançar os resultados. Projetos que representam um alto impacto, mas exigem mais tempo de implementação, não podem sair do radar de resoluções, mas precisam ser consideradas em um segundo plano.
De fato, a transformação digital precisa ser uma atitude coletiva, e não apenas da TI ou do marketing, por exemplo. Por isso mesmo, é importante definir com o time inteiro um roteiro que oriente todo o processo de mudanças – e, mais do que isso, estar preparado para recriá-lo a todo instante, uma vez que as coisas podem mudar e nem todas as iniciativas podem ir conforme o planejado. Naturalmente, surgirão novas ideias e oportunidades que podem ultrapassar em valor o planejamento original!
Vamos pensar na técnica de UX (User Experience), que tem ajudado e-commerces a gerar mais engajamento e conversões a partir de suas audiências em comparação com o tradicional e-mail marketing. Em função do retorno dos clientes por mensagens em redes sociais, e-mails ou pela central de atendimento, é possível ter um entendimento mais fácil sobre as maiores demandas do e-commerce e detalhes que podem fidelizar o público, como facilidades na finalização da compra.
A transformação digital geralmente funciona quando grandes ‘insights’ e uma boa visão de mercado são complementados por pequenos passos, com o reconhecimento e a coragem de mudar de rumo quando necessário. Nem sempre será possível acertar logo de cara, mas fundamental no processo será a necessidade de arriscar, que é natural de toda e qualquer mudança substancial.