Começou a corrida dos Carros voadores do futuro

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Você já sabe que o serviço de carros voadores do Uber deve chegar em 2020. Mas as novidades não param por aí: aviões elétricos, drones que podem transportar até pessoas e a volta dos jatos supersônicos já deixaram de ser coisa de ficção científica e passam a ser tecnologia palpável.


A consultoria Quid, especializada em pesquisas que apontam tendências globais mapeou 3.521 publicações ao longo do último ano sobre startups do setor de aviação.

Cada notícia ou artigo é representado por um nó, agrupado por temas e startups,  e representado por cores. As ligações entre os nós representam a semelhança temática entre os textos.

Quatro grandes temas se destacaram. Eles representam uma drástica mudança no modo como fazemos nossas viagens de avião hoje em dia. Os temas são vôo supersônico, decolagem e aterrisagem vertical (VTOL), aviões elétricos e drones.

Há também outras tecnologias, como machine learning, aplicadas para redução de custos, evolução de materiais e melhoria no consumo energético das aeronaves.

Confira as inovações já apresentadas em cada uma dessas áreas:

Tecnologia VTOL

Uber, Google e Airbus são as três empresas que mais estão focadas em fabricar carros com decolagem e aterrisagem vertical, tecnologia que deve guiar a nova era do transporte público.

O Uber investindo para alcançar o objetivo de ter carros voadores em circulação em 2020. O cofundador do Google, Larry Page, teria investido US$ 100 milhões (cerca de R$ 320 milhões) em startups de carros voadores, incluindo Zee Aero, que já tem pronto um veículo elétrico projetado para voar e pousar sobre a água.

A alemã Lilium Jet testou com sucesso o primeiro carro elétrico VTOL do mundo, com capacidade para duas pessoas. A startup já levantou investimentos de mais de US$ 90 milhões (mais ou menos R$ 296 milhões) para desenvolver um veículo de cinco lugares.

Supersônicos

Na categoria “supersônico”, o foco principal das empresas está em desenvolver versões mais rápidas e econômicas do Concorde — avião supersônico de passageiros que foi produzido entre 1965 e 1978 por um consórcio entre uma empresa britânica e uma francesa.

Os aviões típicos cruzam os céus com uma velocidade média de 917 km/h e devem evitar viajar mais rápido do que isso, uma vez que as altas temperaturas podem impactar o metal usado na aeronava.

Porém, pesquisas realizadas pela Universidade de Manchester estão testando um novo tipo de revestimento, com cerâmica protetora, que deve driblar essa dificuldade e motivar o retorno das companhias aéreas supersônicas.

O artigo mostra que há várias startups trabalhando nisso, como a Boom Technology e a Virgin Galactic, do bilionário britânico Richard Branson, que está investindo em dez aviões supersônicos com o objetivo de usá-los em viagens comerciais de Nova York a Londres em menos de três horas.

Aviões elétricos

Mais de 200 artigos de startups de companhias aéreas citam o investimento em aviões comerciais elétricos. A estimativa é que esse novo tipo de avião possa reduzir o tempo de viagem em 40% e as tarifas em até 80%. A companhia aérea especializada em passagens de baixo custo, EasyJet, já manifestou interesse em investir na tecnologia.

A Zunum Aero, que recebeu aportes das companhias Boeing e JetBlue, está desenvolvendo a primeira aeronave elétrica do mundo com capacidade para até 50 passageiros. Segundo o CEO Ashish Kumar, essas aeronaves alimentarão rotas regionais que caíram em desuso graças ao favorecimento de aviões que pousam em decolam em aeroportos maiores.

“Atualmente apenas 2% dos mais de cinco mil aeroportos dos EUA representam 96% do tráfego aéreo, uma indicação de que esses aeroportos estão lotados e encarecendo o serviço”, diz.

Drones

Quase 10% da rede mapeada pela Quid está engajada em aperfeiçoar e dar novas dimensões para a tecnologia de drones. A startup Echodyne Corp, por exemplo, arrecadou US$ 29 milhões (R$ 95 milhões) em investimentos para dar visão de radar aos robôs voadores.

Já a empresa Iris Automation recebeu aporte de US$ 1,5 milhão (R$ 4,9 milhões) para desenvolver um sistema de prevenção de colisões. A Airobotics, uma startup que constrói drones autônomos para o setor comercial, recebeu US$ 32 milhões (R$ 105 milhões) para expandir os negócios com o uso de drones para defesa e segurança interna.

Recentemente, a Airbus anunciou que sua startup Aerial está trabalhando em combinar engenharia aeroespacial, imagens de satélite e serviços de drone para atender indústrias, como agricultura e energia.

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