Cinco golpes no WhatsApp para ficar de olho em 2021

Lista traz cinco golpes do WhatsApp e como se proteger.


Golpes no WhatsApp são adaptados regularmente para fazer novas vítimas. Em 2020, criminosos se aproveitaram da pandemia provocada pelo coronavírus para aplicar golpes envolvendo o Auxílio Emergencial – benefício do governo criado com o intuito de diminuir os impactos provocados pela crise no país. Além disso, o período também fez crescer o compartilhamento de golpes com phishing e fake news sobre a Covid-19, fraudes que podem continuar sendo exploradas neste ano.

Na lista abaixo, traz cinco tipos de golpes do WhatsApp para ficar atento em 2021. Abaixo, você pode conferir quais são as farsas, como elas são exploradas por criminosos e como se proteger de cada uma delas.

1. WhatsApp clonado

O WhatsApp clonado é um tipo de golpe em que o criminoso normalmente se passa por uma empresa conhecida do usuário, como a OLX ou Zap Imóveis, ou por um organizador de eventos que oferece uma proposta atrativa para a vítima. O golpista entra em contato com o usuário por meio de ligação ou por mensagem no WhatsApp, afirmando sobre um suposto erro, reclamação nas plataformas de anúncios ou oferecendo ingressos grátis para shows. Em seguida, ele solicita que a vítima envie o código de verificação do WhatsApp, que é enviado por SMS para validar as solicitações.

Tendo posse do código do mensageiro, o criminoso consegue clonar o WhatsApp da vítima, e passa a ter acesso à sua lista de contatos e grupos no app. Normalmente, este tipo de golpe é utilizado pelo criminoso com o intuito de pedir dinheiro para amigos e familiares da vítima.

Para não ter o WhatsApp clonado é necessário ter atenção. O próprio SMS enviado pelo mensageiro afirma que o código de verificação não deve ser compartilhado com terceiros. Sendo assim, suspeite de mensagens que forem enviadas no nome de empresa e não informe códigos do WhatsApp em troca de ingressos para eventos ou shows de famosos.

2. Contas falsas

Outro tipo de golpe que ficou popular foi o uso de contas falsas para enganar contatos. Nesta modalidade, o criminoso cria uma nova conta no WhatsApp e rouba os dados públicos de uma pessoa, como nome, foto de perfil e status. Em seguida, entra em contato com os amigos da vítima dizendo que “trocou de número” e conta uma história para pedir dinheiro emprestado.

Existem alguns passos que podem ajudar usuários a se protegerem desse golpe. Um deles consiste em ocultar as fotos de perfil do WhatsApp, deixando-a visível apenas para contatos. Assim, você evita que sua identidade seja roubada. Também é importante desconfiar de mensagens deste tipo, já que o WhatsApp possui um recurso capaz de informar automaticamente quando um contato troca de número. Outra dica que pode ajudar é entrar em contato por meio de ligação ou mensagem com o número original do contato antes de fazer qualquer transferência.

3. App espião

O WhatsApp também pode ser clonado por meio de aplicativos espiões. Os chamados spywares (ou stalkerwares) permitem que uma terceira pessoa, que pode ser um hacker desconhecido ou um parceiro ciumento, monitore as atividades da vítima no celular. Com este tipo de app, o criminoso consegue vigiar a vítima à distância e pode ter acesso a uma série de dados pessoais, incluindo o código de verificação do WhatsApp, usado para clonar contas no mensageiro.

Em ataques hackers, os criminosos costumam enviar o malware através de phishing e, sem saber, é a própria vítima quem instala o app espião no celular. Com o software, então, o criminoso pode ter acesso a credenciais de banco, senhas de e-mail e de redes sociais e mensagens trocadas pelo WhatsApp da vítima. No caso dos parceiros ciumentos, o malware é utilizado principalmente para monitorar suas atividades. Vale dizer que o uso de aplicativos espiões para espionar parceiros é crime e está previsto em lei.

Para se proteger do golpe é importante ter um antivírus capaz de identificar ameaças instalado no celular. Além disso, o smartphone também pode dar alguns indícios de que há um app espião instalado no dispositivo. Portanto, suspeite se a bateria do celular estiver acabando muito rapidamente e se os dados móveis apresentarem picos de uso durante o dia, sem explicação. Se o smartphone apresentar superaquecimento, se você notar a presença de apps suspeitos ou alertas de pop-up invasivos, é possível que o seu celular tenha sido infectado por um aplicativo espião.

4. Fake news

As fake news, além de serem proibidas pelo mensageiro, também podem ser usadas para fraudes. A preocupação do WhatsApp é tanta que o app tem tomado diversas medidas para frear a divulgação e o compartilhamento das notícias falsas. Uma delas foi limitar o encaminhamento de mensagens muito compartilhadas para um contato por vez, além de atribuir uma lupa aos balões compartilhados muitas vezes – recurso que pode ser usado para pesquisar o conteúdo da mensagem no Google.

Para se proteger das notícias falsas no WhatsApp, você pode checar se um conteúdo é verdadeiro acessando o bot FakeCheck antes de compartilhá-lo. Além disso, o mensageiro encoraja que usuários denunciem fake news na plataforma, já que, devido a criptografia de ponta-a-ponta, o WhatsApp não é capaz de verificar o conteúdo compartilhado nos chats.

5. Links maliciosos

Golpes com links maliciosos no WhatsApp ficaram em evidência em 2020, principalmente durante o período de isolamento provocado pela pandemia de Covid-19 no país. Criminosos usaram o Auxílio Emergencial e a distribuição de álcool em gel como isca para atrair vítimas, utilizando golpes de phishing para roubar dados pessoais e adwares para lucrar com a exibição de anúncios.

Fraudes envolvendo o saque emergencial do FGTS e golpes que supostamente iriam distribuir o Super Almanaque da Turma da Mônica grátis também foram notícias, assim como o link malicioso que prometia a liberação gratuita da Netflix durante o isolamento. Para se proteger deste tipo de golpe, é recomendado ter um antivírus instalado no celular, já que a solução é capaz de identificar ameaças em tempo real. Além disso, suspeite de promoções “boas demais para ser verdade” e não clique em links suspeitos, por mais que tenham sido encaminhados por pessoas de confiança.

João Pedro:
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