Cientistas conseguem transformar sinais cerebrais da fala em frases escritas

 Neste sentido, cientistas da Universidade da Califórnia trouxeram notícias muito empolgantes aos pacientes com dificuldades na fala.


Um dos maiores propósitos da ciência está em melhorar, cada vez mais, a vida das pessoas e, principalmente, em trazer inovações que possam diminuir os impactos das deficiências físicas que impactam a vida de muita gente.

O projeto de pesquisa visa transformar a forma como pacientes com deficiências graves se comunicam e é, até o momento, o primeiro a mostrar como a atividade cognitiva de tentar proferir palavras pode ser convertida rapidamente em texto. Segundo o The Guardian, o software de leitura do cérebro funciona apenas com certas frases que podem ser treinadas, mas os médicos acreditam que um sistema mais poderoso pode ser criado no futuro.

Ainda segundo o jornal britânico, os profissionais teriam explicado que, considerando o fato de que os equipamentos de auxílio de fala atuais captam movimentos oculares e contrações musculares para controlar um teclado virtual, eles são, de certo modo, difíceis de serem usados e não muito efetivos para manter uma uma conversação.

Assim, a ideia inicial era de criar um produto que permitisse às pessoas com paralisia se comunicarem com maior facilidade e praticidade. Edward Chang, neurocirurgião e principal pesquisador do estudo, afirma que, até o momento, não existe um sistema de próteses de fala que permita aos usuários ter “interações em escalas de tempo tão rápidos quanto aos de uma conversa humana”.

Para realizar o estudo, os pesquisadores disseram que três pacientes com epilepsia, que estavam prestes a passar por uma neurocirurgia, tiveram um pequeno pedaço de eletrodos colocados diretamente em seus cérebros, por uma semana, para mapear as origens de suas causas.

No hospital, os pacientes permitiram que Chang registrasse suas atividades cerebrais. Cada um deles recebeu uma bateria de nove perguntas e ainda receberam uma lista de 24 respostas possíveis para ler. A equipe de Chang, então, construiu modelos de computadores que combinavam os padrões de atividade cerebral para as perguntas e as suas respectivas respostas.

João Pedro:
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