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No Smart City Business Brazil, em São Paulo, o Serpro destacou a importância de colocar o cidadão no centro das iniciativas digitais do governo.
Com foco na plataforma Cidades Gov.br e a expansão do Gov.br para estados e municípios, o evento enfatizou a necessidade de digitalização eficiente dos serviços públicos.
A Transformação Digital no Smart City Business Brazil
Com o tema “Nova Agenda Urbana”, o congresso Smart City Business Brazil, realizado em São Paulo nos dias 14 e 15 de maio, reuniu especialistas, líderes do setor e gestores públicos e privados para discutir a adoção adequada das tecnologias de digitalização dos municípios brasileiros. Além disso, o evento encorajou a partilha de experiências e projetos bem-sucedidos.
Participação do Serpro nos Painéis
No último dia do evento, o Serpro participou de dois painéis: “A chave para o desenvolvimento digital sustentável” e “O papel dos ecossistemas de inovação no fortalecimento de territórios inteligentes”. Representada pelo superintendente de Governo Digital, Alexandre Ávila, a estatal de TI do governo federal abordou a transposição de soluções digitais existentes no âmbito federal para estados e municípios.
Plataforma Cidades Gov.br
Ávila destacou a plataforma Cidades Gov.br, que utiliza o mesmo design e forma de acesso do Gov.br. “Essa plataforma permite que municípios configurem e personalizem serviços públicos de forma simples, com agendamento e atendimento online. Além disso, oferece dashboards para acompanhamento de solicitações dos cidadãos, permitindo que cada secretaria monitore e melhore seu atendimento”, informou.
Atualmente, 30 municípios já utilizam a plataforma, com 200 em prospecção. “O Serpro está firmando acordos com estados para facilitar a adoção pelos municípios, especialmente aqueles com até 40 mil habitantes, embora municípios maiores também estejam mostrando interesse”, revelou o superintendente.
Maior Plataforma de Governo do Mundo
Ávila ressaltou a importância do Gov.br como a maior plataforma de governo digital do mundo, com mais de 4,9 mil serviços ofertados, 500 mil acessos por segundo e 180 milhões de brasileiros e brasileiras cadastrados.
“Essa tecnologia, bem-sucedida a nível federal, está sendo levada para estados e municípios. Todo o aprendizado obtido com o Gov.br está sendo aplicado na digitalização de serviços e configuração de cidades mais inteligentes”, avaliou.
Foco no Cidadão
O superintendente do Serpro destacou ainda a importância do conceito de experiência do usuário para entender e melhorar a jornada do usuário, aumentando a efetividade do relacionamento digital do governo com sua população. “O Gov.br trata o cidadão como um cliente, monitorando cada passo de sua jornada dentro da plataforma, similar a um ‘carrinho de compras’. Isso inclui acompanhar se o cidadão tem dificuldades para logar, se completa suas tarefas ou onde encontra obstáculos. Nossa ideia não é apenas listar serviços como em uma ‘página amarela’, mas oferecer proativamente os serviços de que o cidadão precisa”, explicou Ávila.
Isso significa que o Gov.br foi pensado e evolui tendo em vista a antecipação das necessidades do cidadão, com base em seu contexto de vida. Por exemplo: estudantes prestes a concluir o ensino médio são avisados sobre inscrições no Enem; turistas contam com uma jornada específica que fornece informações sobre vacinas, condições climáticas e eventuais calamidades.
“O Estado tem que ser eficiente em oferecer cada vez mais serviços públicos para o cidadão. E para isso, do ponto de vista tecnológico, é necessário mudar a abordagem interna que vai desde o desenvolvimento até a execução. Esse é nosso trabalho no Serpro”, completou.
FAQs
1. O que é a E-Digital? A E-Digital é a Estratégia Brasileira para a Transformação Digital. Ela busca promover o desenvolvimento digital no Brasil por meio de ações estratégicas em diversos eixos temáticos, incluindo pesquisa, desenvolvimento e inovação.
2. Por que a governança da E-Digital não é eficaz? Segundo o TCU, a governança da E-Digital não é eficaz devido à imprecisão na definição dos problemas públicos e fragilidades no desenho das estratégias. Contudo, isso dificulta a implementação e avaliação das ações.
3. Quais são as recomendações do TCU? O TCU recomendou que o governo federal realize um diagnóstico claro dos problemas da E-Digital. Também sugeriu o desenvolvimento de uma teoria clara das intervenções previstas e a elaboração de um modelo lógico para expressar causas e resultados dos problemas enfrentados.
4. Quem conduziu a fiscalização da E-Digital? A fiscalização foi conduzida pela Unidade de Auditoria Especializada em Governança e Inovação (AudGovernança) do TCU. Além disso, o relator do processo é o ministro Walton Alencar Rodrigues.