China: Alunos usam reconhecimento facial para pagar refeições

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O sistema de reconhecimento facial introduz uma maior camada de segurança e higiene ao evitar contatos com pagamentos, além de tornar o processo mais rápido.


Mais uma vez a China se torna um exemplo no uso das novas tecnologias. A utilização de reconhecimento facial para identificar os alunos e permitir o pagamento pelo seu almoço, começou a funcionar no final de agosto.

É referido que a tecnologia torna todo o processo de acesso às refeições mais rápido, mas sobretudo seguro e higiénico para os alunos e funcionários, uma vez que dispensa o uso de dinheiro, cartões bancários ou mesmo identificação baseado em impressões digitais.

Através do reconhecimento facial os alunos só têm de escolher a sua refeição, olhar para a câmara e seguir em frente.

As escolas explicam na sua página de perguntas e respostas que a tecnologia é segura, sendo os dados biométricos dos alunos guardados de forma criptografada.

É ainda referido que para este sistema de pagamento será necessário que os pais permitiam o uso de reconhecimento facial, caso contrário podem optar pelos restantes métodos para pagar, neste caso um PIN. E mesmo que os alunos comecem a utilizar o sistema, caso mudem de ideias podem solicitar a escola para retirar a permissão da recolha de dados biométricos de reconhecimento facial.

A empresa responsável pela tecnologia explicou que o reconhecimento facial diminui o tempo de espera em cinco segundos por aluno, em média. Pode não parecer muito, mas cada segundo conta quando a escola tem cerca de 25 minutos por período para servir quase mil alunos.

Escolas escocesas usam reconhecimento facial desde 2020

Quando o programa-piloto começou em 2020 mais de 65 escolas na Escócia aderiram ao teste da tecnologia.

No entanto, os defensores da privacidade falaram que o uso da tecnologia de reconhecimento facial para estas tarefas “banais” é um exagero, referindo que não é necessário tratar os alunos como se estivessem fazendo um registro de entrada num aeroporto, nas palavras de um representante da Big Brother Watch. Salienta ainda que o uso desta tecnologia está dando margem a uma normalização do sistema de reconhecimento facial, muitas vezes criticado por ser utilizado sem consentimento explícito.

O uso de reconhecimento facial já foi criticado e banido em outras situações na Escócia, tais como o uso para controlar a presença dos alunos nas salas de aula ou para aumentar o nível de segurança nas escolas. Na Suécia já houve mesmo multas a municípios que testaram estes sistemas.

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