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A Shein anunciou que vai abrir duas lojas temporárias no Brasil até o final do ano. Há previsão para outras quatro em 2023.
De olho no mercado brasileiro, a Shein, marca de fast fashion chinesa, anunciou, nesta quinta-feira (3), que vai abrir duas lojas temporárias no Brasil até o final do ano. As unidades serão instaladas nas cidades de São Paulo, SP, e Belo Horizonte, MG, e estarão disponíveis para vendas físicas.
A loja da Shein na capital paulista ficará aberta para os consumidores entre os dias 12 e 16 de novembro, no Shopping Vila Olímpia. Já a loja da capital mineira ainda não tem data para abrir as portas. A previsão, contudo, indica que será ainda este ano.
Segundo a varejista, os espaços terão 265 m2 com 11 mil peças de estoque para compra e diferentes ambientes ‘instagramáveis’, para atrair aqueles que querem gastar e quem está só ‘dando uma olhadinha’. Para o primeiro grupo, que pretende comprar, os itens terão 15% de desconto e os meios de pagamento aceitos serão cartão de crédito e débito.
A Shein afirma que o Brasil é o seu mercado estratégico na América Latina e que, por isso, tem se aproximado dos consumidores. “O público brasileiro, em especial, está cada vez mais exigente e antenado e a Shein vem atendendo a essas demandas, inclusive planejando várias ações no País ao longo de 2022”, disse Felipe Feistler, diretor geral no Brasil.
Acusações
Apesar do momento favorável de vendas, a Shein vem sofrendo sérias críticas ao redor do mundo, com a acusação de conivência com o trabalho escravo. Conhecida pelos preços baixos e variações em modelos de roupas, a empresa tem sido questionada por mais transparência sobre a sua produção.
As acusações começaram depois que uma reportagem investigativa da emissora britânica Canal 4 conseguiu indicações que uma das fábricas que prestavam serviços para a varejista pagavam menos de um centavo por peça produzida aos funcionários. Além disso, a reportagem relatou retenção do salário do primeiro mês e informou que os trabalhadores chegavam a produzir 18 horas por dia, sem horários definidos.
Em nota ao Infomoney, a Shein afirmou a responsabilidade de salvaguardar o bem-estar dos trabalhadores da cadeia de produção e afirmou que abriu investigação sobre as fábricas citadas na reportagem. A empresa declarou, ainda, que todos os fornecedores devem seguir o Código de Conduta da marca, que é baseado na Organização Internacional do Trabalho (OIT) e nas legislações locais.