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Na astronomia, os centauros existem e serão estudados de perto pela NASA a partir do próximo ano. Eles recebem esse nome porque são objetos híbridos.
Na astronomia, os centauros existem e serão estudados de perto pela NASA a partir do próximo ano. Eles recebem esse nome porque são objetos híbridos — eles têm ao mesmo tempo características de cometas e de asteroides. Essas rochas têm intrigado cientistas há bastante tempo, pois pouco se sabe sobre elas, já que nenhuma sonda jamais “viu” um centauro.
Ainda assim, os astrônomos acreditam que esses corpos celestes podem trazer novas informações sobre a origem do Sistema Solar. Por isso, a NASA está propondo duas missões para a próxima década, com o objetivo de investigar esses corpos celestes que ficam em uma órbita entre Júpiter e Netuno. Uma das missões se chama Centaurus, e a outra Chimera.
Essas missões devem acontecer por meio do Programa Discovery da agência, que desenvolve missões de exploração robótica de baixo custo — cerca de US$ 500 milhões, sem contar com o veículo de lançamento e o custo das operações da missão.
Centauros no cinturão de Kuiper
Esses estranhos objetos provavelmente nasceram perto de Júpiter e Saturno, mas eles passam grande parte do tempo no Cinturão de Kuiper, o anel de corpos gelados além da órbita de Netuno. Os cientistas consideram que um conjunto de forças gravitacionais enviou os centauros para lá há muito tempo, e outro conjunto os devolveu para mais perto do Sol nos últimos milhões de anos. Centauros têm órbitas instáveis, e portanto não permanecem por muito tempo no mesmo lugar.
As duas missões propostas, desenvolvidas por diferentes pesquisadores, podem acabar competindo entre si e apenas uma de repente será escolhida pela NASA. Mas os líderes de cada projeto elogiaram os conceitos de missão um do outro, e cada pesquisador disse que a Centaurus e Chimera contribuiriam com informações valiosas sobre a formação e evolução de nosso Sistema Solar. No fim, a NASA pode não ter que escolher entre os dois conceitos: a agência poderia escolher ambas as missões, só que em diferentes janelas de lançamento.
De acordo com Alan Stern, líder do programa Centaurus, “podemos pensar nos centauros como emissários do Cinturão de Kuiper”. Por isso, missões para investigar os centauros são também um modo de começar a pesquisar essa região — e explorar o Cinturão de Kuiper é uma prioridade para os pesquisadores que tentam entender como o Sistema Solar se formou e evoluiu.