Celulares em shows: uma polêmica entre público e artistas

Foto: Gabriel Dietrich

A iniciativa ganhou força em 2018, quando Jack White foi um dos primeiros a adotar bolsas Yondr, que armazenam os celulares do público durante os shows.


Os movimentos de celulares em shows estão se tornando uma tendência cada vez mais comum no mundo da música. Grandes nomes como Bob Dylan, Jack White, Arctic Monkeys e Ghost adotaram a prática, buscando transformar suas apresentações em experiências mais imersivas.

Motivações dos artistas

Os artistas defendem que a classificação melhore a experiência do público. Celulares distraem os espectadores, que muitas vezes ficam mais preocupados em gravar vídeos ou responder mensagens do que em aproveitar o show. Dessa forma, o objetivo é garantir que a atenção seja voltada exclusivamente para a performance ao vivo.

Outro ponto frequentemente citado é a qualidade das gravações feitas em shows. Esses vídeos relatados capturaram o som e o visual com a fidelidade desejada, além de serem muitas vezes esquecidos após o evento. Por isso, muitos artistas compartilharam o ato de diminuir e prejudicar a experiência geral.

Preservação da exclusividade

A exclusividade é outra justificativa importante para a concessão de celulares em shows . Muitos músicos criam apresentações únicas, com produções grandiosas que incluem efeitos de iluminação, cenários elaborados e surpresas para o público. Proibir o uso de celulares evita que esses momentos sejam compartilhados nas redes sociais, incentivando os fãs a comparecerem aos shows para vivê-los pessoalmente.

Além disso, o fator surpresa é fundamental. Sem a divulgação de gravação, o impacto de momentos especiais se mantém para cada apresentação, tornando as experiências mais óbvias e emocionantes.

Publicidade versus controle

Há também uma discussão sobre os impactos da proibição na divulgação do artista. Gravações compartilhadas nas redes sociais podem servir como publicidade gratuita, mas muitos músicos preferem ter controle total sobre sua imagem e como suas performances são apresentadas ao público.

Do ponto de vista legal, os artistas têm respaldo para tomar essa decisão. De acordo com a legislação de direitos autorais, eles podem autorizar ou proibir a gravação de suas apresentações, garantindo exclusividade sobre suas performances ao vivo.

Debate entre liberdade e proibição

Apesar das razões apresentadas, a decisão gera polêmica entre os fãs. Muitos argumentos que usar o celular são uma escolha pessoal e parte da liberdade de cada um para aproveitar ou mostrar à sua maneira.

Artistas como Dino Cazares, guitarrista da banda Fear Factory, defendem essa ideia: “Quando você comprar um ingresso, faça o que quiser, desde que respeite os outros”. Essa visão reforça que a relação entre tecnologia e entretenimento é um tema em constante evolução, com prós e contras em ambas as abordagens.


Perguntas frequentes

Por que a concessão de celulares em shows é tão polêmica?

Ela divide opiniões entre artistas, que buscam melhorar a experiência, e fãs, que defendem sua liberdade de uso.

Como funciona a tecnologia das bolsas Yondr?

As bolsas Yondr bloqueiam o acesso aos celulares durante o show, mas permitem que os espectadores mantenham os dispositivos visíveis.

A proibição de celulares nos shows é legal?

Sim, a legislação de direitos autorais dá aos artistas o direito de autorizar ou proibir a gravação de suas apresentações.

Quais benefícios os artistas veem nessa especificação?

Eles acreditam que a classificação melhora a atenção do público, preserva a exclusividade do show e aumenta o impacto emocional da performance.

Andréa Alves:
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