Brasilienses enfrentam barreiras no acesso a serviços públicos online

O acesso aos serviços públicos digitais se tornou essencial para a realização de direitos e deveres do cidadão moderno.


Serviços como emissão de documentos, pagamento de taxas, agendamentos e até atendimentos médicos estão cada vez mais disponíveis apenas pela internet.

No entanto, para uma parcela significativa dos brasilienses, o acesso limitado à internet se torna uma barreira ao usufruto desses serviços. Dados do Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (CETIC) mostram que cerca de 25% da população do Distrito Federal ainda não tem acesso à internet.

Essa parcela “offline” da população é majoritariamente composta por indivíduos de classe C, com renda familiar entre R$ 291,00 e R$ 1.019,00. Embora tenham acesso restrito à rede, via telefone celular ou lan houses, esses cidadãos enfrentam grandes dificuldades para realizar serviços públicos digitais.

Sem internet em casa, esse público não consegue emitir documentos, agendar consultas, matricular os filhos em escolas, entre outras necessidades básicas que exigem acesso digital. Muitas vezes, até conseguir um atendimento presencial, são obrigados a enfrentar enormes filas apenas para realizar um procedimento que poderia ser feito online.

Diante desse cenário, é urgente que o governo do DF desenvolva políticas públicas para promover a inclusão digital desses brasilienses e garantir o acesso igualitário aos serviços públicos digitais a toda a população. Caso contrário, manteremos uma parcela significativa da sociedade à margem do exercício pleno de direitos de cidadania e cada vez mais distante das inovações e acesso à cultura digital.

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