Pode ser que a Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) seja adquirida pela norte-americana Boeing por um valor aproximado de US$ 3,7 bilhões.
O valor é equivalente a mais ou menos R$ 12 bi na cotação atual. As informações são do Wall Street Journal, publicadas na quinta-feira (21).
Se a coisa sair do papel, a fusão das duas empresas poderá criar uma gigante da aviação mundial, atuando intensamente não somente na aviação regional, como em todo o globo, abocanhando boa parte da fatia deste mercado.
Parece que, para que a negociação seja finalizada, falta só o governo brasileiro se posicionar a respeito. Isso porque a União temm poderes de vetar decisões estratégicas da Embraer, caso deseje, pois a empresa, que era estatal, foi privatizada na década de 1990.
Ainda segundo o WSJ, os acionistas da Embraer seriam extremamente beneficiados com o acordo. Na verdade, eles já estão colhendo frutos somente com a notícia de que o negócio pode dar certo. As ações da Embraer dispararam na bolsa de valores de Nova Iorque, subindo cerca de 22% até então.
Vale lembrar que, há alguns meses, a Airbus se uniu à canadense Bombardier, com a empresa europeia sendo agora a majoritária na produção da família de aeronaves C-Series, de médio alcance, capazes de acomodar entre 100 e 150 pessoas. Esses aviões são concorrentes diretos dos jatos da Embraer e, sendo assim, a Boeing bateria de frente com a concorrência caso adquira a brasileira.
Atualmente, a Boeing e a Airbus são as principais fabricantes de aeronaves comerciais que fazem voos de longa distância, enquanto a Embraer e a Bombardier são as empresas que lideram o segmento de jatos regionais, voando distâncias mais curtas.