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Em 1993, Bill Gates surpreendeu ao descrever um futuro altamente conectado, quando a maioria das pessoas ainda desconhecia o potencial da internet.
Em uma entrevista ao programa Horizon, da BBC, ele afirmou que estávamos vivendo a era da informação, em que os computadores se tornariam a principal ferramenta para acessar conhecimento.
Essa declaração foi feita quando o número de websites existentes era tão pequeno que caberia em uma folha de papel. Mesmo sem mencionar diretamente a World Wide Web, Gates já vislumbrava um mundo transformado pela conectividade digital. De fato, Bill Gates previu a internet e suas palavras, décadas depois, mostraram-se extremamente precisas.
Microsoft: dos microcomputadores à era digital
A história da Microsoft começa com a união de Bill Gates e Paul Allen, dois apaixonados por tecnologia que decidiram abandonar os estudos para fundar uma empresa focada em software para microcomputadores. O grande salto da Microsoft veio em 1980, ao fechar contrato com a IBM para desenvolver o sistema operacional de seus computadores pessoais.
A permissão para licenciar esse sistema para outros fabricantes foi decisiva. Assim, nasceu uma indústria baseada em computadores compatíveis com IBM, todos rodando o MS-DOS da Microsoft. Com essa estratégia, a empresa cresceu rapidamente, consolidando Gates como visionário.
A profecia dos 1.000 canais e o mundo sob demanda
Ainda em 1993, executivos da Microsoft falavam sobre um futuro com até mil canais de TV personalizados. Essa ideia, que parecia exagerada na época, é hoje realidade com os serviços de streaming. Myhrvold, então executivo da empresa, descreveu um guia interativo que aprenderia as preferências dos usuários e exibiria conteúdo sob medida — conceito que antecipa plataformas como Netflix.
Essas previsões reforçam como Bill Gates previu a internet e os impactos dela nas casas, no consumo e na comunicação.
A privacidade e os desafios do mundo digital
Nem tudo era otimismo. A jornalista Denise Caruso alertava, já naquele tempo, sobre riscos à privacidade e ao controle de dados pessoais. Ela questionava como proteger informações em um ambiente digital, onde tudo pode ser copiado e compartilhado sem consentimento.
A discussão sobre direitos autorais também surgiu, antecipando debates que ganhariam força com a chegada da inteligência artificial e a digitalização do conteúdo criativo.
A revolução do e-mail e a aldeia global
Outro marco daquele período foi a introdução do e-mail como um novo modo de comunicação. Mike Murray, da Microsoft, definiu-o como uma forma de criar uma aldeia eletrônica, superando as barreiras do tempo e espaço.
Na prática, o e-mail simbolizava uma mudança de paradigma: comunicação instantânea, acessível e global. Foi mais um passo da transformação que Bill Gates previu ao imaginar um mundo totalmente interligado pela tecnologia.
O “maremoto da internet” e o nascimento do MSN
Apesar de alguma resistência inicial, a Microsoft não ficou para trás. Em 1995, Gates escreveu um memorando intitulado “O Maremoto da Internet”, reconhecendo sua importância. Pouco depois, a empresa lançou o portal MSN e o navegador Internet Explorer, consolidando sua presença online.
A partir daí, ficou claro que Bill Gates previu a internet com uma clareza rara. Sua aposta em conectividade, personalização e integração moldou o modo como vivemos e trabalhamos hoje.
Perguntas frequentes
Como Bill Gates previu a internet?
Ele enxergou o computador como a ferramenta central da era da informação e previu uma rede global interligando pessoas, serviços e conteúdo.
Qual foi o papel da Microsoft na popularização da tecnologia?
A Microsoft desenvolveu sistemas operacionais amplamente usados, como o MS-DOS e o Windows, tornando os computadores pessoais acessíveis ao público geral.
Paul Allen teve influência nas previsões tecnológicas?
Sim, Allen compartilhou a visão de futuro de Gates e contribuiu com ideias que uniam tecnologia e entretenimento, como os conceitos de multimídia e interatividade.
Quais preocupações sobre privacidade foram levantadas na época?
Especialistas alertavam que, com a interatividade digital, informações pessoais poderiam ser coletadas e usadas sem o conhecimento dos usuários.
