O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), propôs recentemente que as grandes empresas de tecnologia desenvolvam uma inteligência artificial focada em questões jurídicas, semelhante ao ChatGPT.
A sugestão foi feita durante uma palestra na Harvard Law School, nos Estados Unidos. Barroso argumentou que uma ferramenta desse tipo poderia auxiliar advogados e juízes, oferecendo respostas rápidas e precisas sobre legislação e jurisprudência.
O ministro reconheceu que esse tipo de tecnologia também levanta preocupações éticas e que seu uso requer supervisão. No entanto, ele acredita que os benefícios potencias superam os riscos.
“Imaginem um ChatGPT e o sistema jurídico brasileiro. Colocaria lá toda a legislação, todos os livros de doutrina, todas as decisões judiciais relevantes. E daria respostas confiáveis em poucos segundos”, disse Barroso.
A fala de Barroso ocorre em um momento de grande interesse e controvérsia em relação à IA. O ChatGPT, lançado no final de 2022, impressionou pelo seu desempenho em fornecer respostas detalhadas para diversos tipos de perguntas.
Ainda não está claro se ou quando as big techs desenvolverão uma ferramenta nos moldes sugeridos por Barroso. Por enquanto, o ChatGPT permanece uma IA de propósito geral, sem foco específico na área jurídica.