Banco Central e CVM próximos de acordo para testes do Drex

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Drex / Foto: Divulgação/BC

Fabio Araujo, coordenador da iniciativa no BC, anunciou essa novidade durante um evento sobre tecnologia blockchain no Rio de Janeiro.


O Banco Central (BC) está prestes a fechar um acordo com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para usar ativos regulados nos testes do Drex, a moeda digital do BC.  O coordenador ainda destacou que, em setembro, haverá uma nova chamada pública para que participantes do mercado ofereçam casos de uso, a serem incorporados a partir de 2025.

Próximos passos do acordo com a CVM

Araujo informou que o BC e a CVM estão nos estágios finais para fechar o acordo especificamente para o piloto do Drex. Essa colaboração permitirá o uso de ativos regulados pela CVM nos testes, impulsionando o desenvolvimento da moeda digital.

Função dos Smart Contracts no Drex

Sobre o funcionamento do Drex, Araujo explicou que os smart contracts de crédito executarão automaticamente as garantias. Em caso de questionamentos, estes serão resolvidos judicialmente. Ele ressaltou que a segunda fase do piloto do Drex será crucial para desenhar um modelo de governança de smart contracts no sistema.

Desafios e governança dos Smart Contracts

Araujo destacou que a participação de vários stakeholders no deploy de smart contracts pode gerar conflitos, mas isso também oferece uma oportunidade para desenvolver uma governança eficiente para a operação desses contratos. Ele mencionou a necessidade de testar casos de uso na segunda fase do piloto, incluindo o Drex atacado, títulos do governo e Drex de varejo, para demonstrar o nível de privacidade e segurança atingível.

Escalabilidade e privacidade do Drex

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que a autoridade monetária está próxima de uma solução para tornar o sistema do Drex escalável, mantendo a privacidade. Essa escalabilidade é essencial para a adoção ampla da moeda digital.

Interoperabilidade e pesquisa em credenciais verificáveis

Araujo mencionou que a autoridade monetária está estudando características desejáveis de interoperabilidade no sistema de moeda digital, em colaboração com a UFRJ e a Fenasbac, por meio do Lift Learning. Ele também falou sobre uma pesquisa em credenciais verificáveis que permitirão a ativação de smart contracts. Essas credenciais podem verificar saldo, idade, status de investidor qualificado e residência fiscal compatível.

Desafios da componibilidade

A componibilidade do serviço é outro desafio mencionado por Araujo, pois é necessária para garantir a ligação entre diferentes ledgers. Resolver esses desafios é crucial para a implementação bem-sucedida do Drex e para garantir um sistema seguro e eficiente.


Perguntas Frequentes

O que é o Drex?

O Drex é a moeda digital do Banco Central do Brasil, atualmente em fase de testes.

Como os smart contracts funcionam no Drex?

Os smart contracts de crédito executam automaticamente as garantias, e questionamentos são resolvidos judicialmente.

Quais são os principais desafios do Drex?

Os principais desafios incluem a governança de smart contracts, a escalabilidade do sistema e a componibilidade entre diferentes ledgers.

Quem está envolvido nos testes do Drex?

O Banco Central, a CVM, a UFRJ e a Fenasbac estão colaborando nos testes e no desenvolvimento do Drex.

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