Apple processa Corellium por réplicas perfeitas do iOS

A principal proposta de uma empresa iniciante chamada Corellium é a venda ilegal de cópias virtuais dos sistemas operacionais da Apple destinados a iPhones e iPads.


Appledescobriu isso e não gostou nem um pouco. Basicamente, os clientes da Corellium podem criar e interagir com dispositivos virtuais com o iOS (uma versão virtual do iPhone, por exemplo), tudo a partir do navegador. A reação da empresa da Maçã, em um processo de violação de direitos autorais protocolado na quinta-feira (16) em West Palm Beach, na Flórida, foi pedir que a Corellium interrompesse todos os usos de seus produtos. A empresa responsável por desenvolver o iPhone também quer que a Corellium arque com todos os custos referentes aos danos.

Acontece que a Corellium faz isso para que hackers bem-intencionados descubram falhas no sistema iOS, mas, segundo a queixa da Apple, as informações em torno do sistema operacional acabam sendo vendidas: “Por US$ 1 milhão por ano, a Corellium até entrega uma instalação ‘privada’ de seu produto para qualquer comprador”, a empresa aponta durante a denúncia. “Embora a Corellium se apresente como provedora de uma ferramenta de pesquisa para quem tenta descobrir vulnerabilidades de segurança e outras falhas no software da Apple, o verdadeiro objetivo da Corellium é lucrar em cima dessa flagrante violação. Longe de ajudar na correção de vulnerabilidades, a Corellium incentiva seus usuários a venderem qualquer informação descoberta no mercado aberto a quem pagar mais”, a Apple completa.

A Apple diz que costuma incentivar pesquisas feitas com boas intenções, com direito até a uma recompensa de US$ 1 milhão para quem descobrir falhas no sistema, mas aponta que não é com boa intenção que a Corellium faz o que faz. Em contrapartida, no dia 4 de julho, a Corellium usou o próprio website para anunciar que respeita os direitos de propriedade intelectual de terceiros e espera que seus usuários façam o mesmo.

Isso não impede, no entanto, que a empresa responsável pela criação do iPhone volte a bater na mesma tecla: “A Corellium vende indiscriminadamente o Produto Corellium Apple a qualquer cliente, incluindo governos estrangeiros e empreendimentos comerciais. A Corellium não está limitando seletivamente os clientes àqueles com algum propósito social benéfico”, diz em sua queixa.

João Pedro:
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