A tecnologia por trás do Submarino Riachuelo

A Marinha do Brasil lançou na última sexta-feira o primeiro submarino de uma frota de quatro novos submarinos de ataque. Por que precisamos deles?


Após anos de desenvolvimento e muita expectativa, a Marinha do Brasil realizou a cerimônia de lançamento do S-40 Riachuelo, com a presença do presidente Michel Temer (MDB) e o eleito Jair Bolsonaro (PSL).

Construído e desenvolvido no Complexo Naval de Itaguaí, litoral sul do Rio de Janeiro, pelo Programa de Desenvolvimentos de Submarinos, mais conhecido como PROSUB.

Um dos aspectos mais notáveis do PROSUB diz respeito ao arrasto tecnológico a ser vivido pelo País, em função da transferência de tecnologia, que garantirá ao Brasil a capacidade de projetar, construir, operar e manter seus próprios submarinos convencionais e com propulsão nuclear.

Por que precisamos de submarinos?

A concretização do programa fortalecerá, ainda, diversos setores industriais nacionais de importância estratégica para o desenvolvimento econômico do País. Priorizando a aquisição de componentes fabricados no Brasil para os submarinos, o PROSUB fomenta o desenvolvimento da Base Industrial de Defesa, que engloba os setores de eletrônica, mecânica (fina e pesada), eletromecânica, química e da Indústria Naval Brasileira.

A participação das universidades, dos institutos de pesquisas e da indústria nacional na execução das atividades do PROSUB assegura a disseminação do conhecimento no País.

As principais tecnologias envolvidas no PROSUB tem utilização dual, podendo ser usadas em outras áreas da indústria. Merecem destaque: o projeto e construção de uma infraestrutura industrial de construção naval moderna; o complexo projeto do SN-BR, que envolve diversas áreas de engenharia; técnicas modernas de construção naval; desenvolvimento de sistemas de controle integrado; nacionalização de equipamentos e sistemas; desenvolvimento de laboratórios de ensaios e testes para diversas aplicações; projeto e construção de uma planta de propulsão nuclear; integração de sistemas; definição de novas regras para licenciamento nuclear e aprimoramento de processos e ferramentas de gestão de projetos complexos.

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