A evolução do iPhone e do Galaxy nos últimos dez anos

Disputa entre Apple e Samsung se intensificou com lançamentos inovadores e recursos marcantes na última década.


Nos últimos dez anos,  a briga acirrada entre Samsung e Apple pela conquista do coração dos consumidores. Desde 2010, celulares da linha Galaxy e iPhone investiram em especificações que deram o que falar como câmeras avançadas, potência, design e recursos inéditos ano após ano.

Foi a década do fim da entrada para fones de ouvido, chegada do carregamento sem fio e das telas com bordas finas, entre outras novidades que ditaram tendência. Confira a seguir as dez principais evoluções mais marcantes do Galaxy e iPhone nos últimos anos.

 permite que o telefone seja carregado apenas encostando o aparelho em uma base carregadora.

Apesar de já estar disponível timidamente em concorrentes da Samsung, a adoção da função pela Apple representou um divisor de águas para o segmento. Vale lembrar que ainda não existiam na época um carregador próprio da empresa e nem a atual tecnologia MagSafe.

2. Lentes de abertura variável

Era início de 2018 e a Samsung precisava fazer frente às câmeras apresentadas nos iPhones 8, 8 Plus e na edição especial iPhone X. A grande jogada veio com o conjunto fotográfico com lentes de abertura variável utilizadas no Galaxy S9 e S9 Plus.

O sistema era encontrado em câmeras fotográficas profissionais e semiprofissionais e permitia controlar a quantidade de luz que entra no sensor (entre aberturas de f/2.4 e f/1.5). Considerada a grande inovação daquele ano, a tecnologia prometia evitar imagens super expostas em ambientes muito claros e também fotos borradas em locais escuros.

3. Primeiros modelos com 5G

A internet 5G ainda está engatinhando no Brasil e só deve funcionar plenamente a partir de 2021. Por enquanto, os brasileiros precisam se contentar com o 5G DSS. Apesar disso, Apple e Samsung já entraram de cabeça na nova tecnologia em seus aparelhos. Entre outras possibilidades, o 5G completo promete alcançar velocidades 50 vezes maiores que a rede 4G, de até 5 Gb/s em condições ideais.

No iPhone, a internet de quinta geração chegou em 2020 com a linha iPhone 12. Na Samsung, a inovação começou ainda em 2019 com o Galaxy S10 5G, que não chegou oficialmente ao Brasil. No país, o primeiro Galaxy com o recurso foi o recente Galaxy Note 20 Ultra, lançado em agosto deste ano.

4. Início das bordas finas e do notch

Enquanto a Samsung dava mais destaque à tela diminuindo as bordas do Galaxy S8 em 2017, a Apple radicalizou com o polêmico notch para conseguir aumentar a imersão no display do iPhone X. Muito criticado no lançamento, o recurso foi amplamente replicado em outras fabricantes.

A resposta original da Samsung veio apenas em 2019 com o Galaxy S10. Ao invés de adotar o recorte do iPhone para abrigar a câmera e sensores frontais, o modelo optou por um pequeno furo na parte superior do visor para colocar a câmera dentro da tela.

5. Febre das câmeras múltiplas

A Apple foi uma das precursoras da febre das câmeras múltiplas no mundo dos smartphones. O recurso foi a alternativa da fabricante para melhorar a qualidade das imagens e trazer novos recursos, como o popular modo retrato, ferramenta que desfoca o fundo da foto. O primeiro aparelho com câmera dupla foi o iPhone 7 Plus, de 2016.

Um ano depois, o Galaxy Note 8 inaugurou o conjunto de câmeras com dois sensores na Samsung. Fazendo clara alusão à concorrência, a gigante sul-coreana destacava a possibilidade de “capturar retratos nítidos” com o conjunto. O primeiro modelo da linha S com mais de uma câmera foi o Galaxy S9 Plus.

6. Resistência à água

A Samsung saiu na frente na corrida por celulares mais resistentes já com o Galaxy S4 Active (2013). O celular vinha com a certificação IP67, que permite a imersão em até 1 metro por até 30 minutos. A empresa também foi pioneira ao usar o IP68 para oferecer ainda mais resistência em 2016 com o lançamento do Galaxy S7 e S7 Edge.

Nos iPhones, o IP67 só chegou três anos depois com o iPhone 7 e evoluiu para o IP68 apenas em 2018, com o iPhone XS e XS Max.

7. Avanços da canetinha

A primeira geração do Galaxy Note chegou ao mercado em 2011 com objetivo de posicionar a Samsung no topo entre os smartphones mais inovadores daquele ano. Ainda chamado de phablet, um híbrido entre celular e tablet, o aparelho inovou ao trazer um display grande para a época (5,3 polegadas) e ao introduzir a caneta S Pen.

Com intuito de auxiliar na produtividade, a caneta permitiu escrever, desenhar e utilizar diversas funções diferenciadas na tela do smartphone. O sucesso foi tão grande que o acessório se mantém até a geração atual e trouxe novos recursos, como a possibilidade de controlar músicas e a câmera à distância via Bluetooth.

8. Chegada do modo noturno

Smartphones Galaxy e iPhone já tinham recursos para melhorar imagens noturnas há algum tempo, mas a função específica do modo noturno só chegou aos aparelhos em 2019. A Samsung saiu na frente com uma atualização em abril do ano passado para as câmeras do Galaxy S10. A empresa aprimorou a ferramenta transformando a função automática Bright Night (noite brilhante, em português) em um botão especial para fotos à noite.

Na Apple, o modo noite chegou oficialmente no fim do ano passado com o iPhone 11. Na prática, a funcionalidade permite fotos mais naturais, brilhantes e com menos granulação em ambientes escuros.

9. Adeus à entrada para fones de ouvido

A Apple decretou o fim da entrada P2 para fones de ouvido (3,5 mm) no iPhone 7 em 2016. No lugar, a gigante da tecnologia passou a incluir na caixa um fone com a entrada Lightning. A justificativa da fabricante foi melhorar a proteção contra água dos aparelhos e a possibilidade de incluir baterias maiores pela economia de espaço interno.

A Samsung resistiu por alguns anos, mas adotou a mesma solução no Galaxy Note 10 em 2019. A entrada também ficou de fora na linha principal, com o lançamento do Galaxy S20, S20 Plus e S20 Ultra – enterrando o recurso na linha premium da sul-coreana.

Com a chegada do iPhone 12, a empresa de Steve Jobs ainda parou de incluir os fones de ouvido na embalagem dos smartphones.

10. A revolução das assistentes virtuais

Parte significativa da popularidade das assistentes virtuais se deve à Siri, assistente lançada pela Apple no antigo iPhone 4S, de 2011. Revolucionária em seu lançamento, ela respondia perguntas simples, atendia a comandos diversos e facilitava várias funções do aparelho.

A Samsung não teve sua própria alternativa até 2017, seis anos depois. A Bixby chegou com o Galaxy S8 trazendo a promessa de oferecer ainda mais recursos que as concorrentes. A versão em português, entretanto, só chegou oficialmente em fevereiro de 2020.

João Pedro:
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